O presidente da Associação dos Caminhoneiros de Sorriso, Alexandre Schueroff, voltou da viagem de Brasília, ontem, onde esteve reunido com o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, para tratar do aumento do PIS/Cofins sobre os combustíveis. A ideia era a de expor as dificuldades enfrentadas pelos profissionais e pela população de forma geral, após o reajuste dos impostos para tentar sensibilizar o governo a voltar atrás na decisão.
No entanto, Schueroff afirmou que a resposta não foi nada satisfatória. “O que ele [Eliseu Padilha] nos passou é que a medida do governo não foi um ‘canetasso’, que foi a medida mais rápida que eles encontraram de arrecadar dinheiro aos cofres públicos, pois o combustível aumentando hoje, amanhã já entra o valor do imposto automaticamente. Pelo que eu percebi não há acordo, não há a possibilidade dele ceder, a não ser que toda a população cruze os braços de uma forma que mostre que todo mundo está indignado. Enquanto ficar uma ou duas classes protestando, na minha opinião, não vai acontecer nada”.
Outro assunto tratado na capital federal foi o valor dos pedágios na BR-163. Alexandre pediu, em nome dos caminhoneiros, a redução da tarifa pela metade, pois o contrato da concessionária responsável pela rodovia não está sendo cumprido. “Eles nos passaram é que não há a possibilidade de fazer alguma coisa porque não tem nenhuma empresa que quer assumir a rodovia e que a revisão dos contratos com a Odebrecht é para se discutir em até meio ano”.
Sobre se outros bloqueios serão organizados por conta da negativa do governo, o presidente afirma que desistiu por falta de apoio. “Entendi que está ruim só para os motoristas, pois ficamos uma semana chamando a sociedade, o comércio, chamando todo mundo para ajudar. Então vamos conversar com os motoristas e ver a possibilidade de fazer outra coisa, mas protestar não, pois entendi que pra população de Sorriso e do Brasil está tudo bem. Se tiver arroz e ovo para o brasileiro está tudo bem. Até torço para a gasolina ir para R$ 10 o litro, porque aí não vai ter mais condições de andar e aí para”.