Os manifestantes fecharam a rodovia federal no município na altura do trevo que dá acesso a MT-220 (rodovia que liga Sinop a Juara), agora há pouco. Apenas carretas e caminhões com cargas são parados e os motoristas orientados a retornar para Sinop ou estacionar às margens da via. É liberada passagem de veículos com cargas vivas, perecíveis, ambulâncias, ônibus e carros, seguindo orientação da mobilização nacional do manifesto. A previsão é que o manifesto vá até às 18h neste ponto.
“Estamos mobilizados por conta deste decreto do governo federal que aumentou a carga tributária sobre os combustíveis e automaticamente aumentou o valor do produto. Já estamos sobrecarregados de taxas, impostos, pedágios. A nossa situação está inviável. O consumo de combustível é muito alto em um veículo grande como o nosso [caminhões e carretas] e a nossa despesa somente aumenta. Não podemos pagar a conta desta situação de corrupção”, disse um dos organizadores do manifesto em Sinop, ao Só Notícias.
Outro ponto bloqueado na BR-163 é em Sorriso na faixa sentido sul. A interdição ocorreu no início da manhã. De acordo com informações da assessoria de imprensa da Rota do Oeste, os manifestantes informaram que farão a liberação da faixa a cada duas horas. Por volta das 10h, eles liberaram o tráfego e voltaram a interditá-lo por volta das 12h.
A segunda rodovia interditada é a BR-158, em Vila Rica (1.274 quilômetros de Cuiabá). A Polícia Rodoviária Federal também confirmou que foi feito bloqueio na BR-070, em Barra do Garças. Os demais pontos apontados para interdição não se concretizaram.
Os transportadores são contrários ao decreto do governo federal que autorizou o aumento de impostos sobre os combustíveis e encareceu, em média, em R$ 0,46 o litro de diesel, R$ 0,41 o litro da gasolina, R$ 0,20 o etanol, na última quinta-feira (20). Também cobram aprovação do projeto de lei 528/2015, que estabelece preço mínimo para o transporte de cargas e fretes e fim do corte de verbas destinas para a Polícia Rodoviária Federal.
A definição prévia dos pontos de interdições ocorreu entre lideranças estaduais e nacionais. A informação foi confirmada pelo Movimento dos Transportadores de Grãos (MTG), ao Só Notícias. Com o reajuste, o frete deve ficar 4% mais caro em Mato Grosso.
(Atualizada às 15h50 – fotos: Só Notícias)