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Mato Grosso tem 5º maior índice de violência contra crianças do sexo feminino

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Mato Grosso é 5º estado que mais registrou denúncias de abusos e exploração sexual contra meninas no país. Dados da Fundação Abrinq apontam que 74,2% das denúncias feitas no estado dizem respeito ao sexo feminino. Quando verificados os casos de exploração sexual denunciados o percentual estadual também é alto e chega a 73,5%. Nos 2 crimes a média do Estado é maior que a brasileira que chega a 70% para abusos sexuais e 68,9% para exploração. Os números apresentam também uma realidade oposta quando as vítimas são meninos. Assim, Mato Grosso sai dos 5 piores percentuais para vítimas femininas, e passa a figurar entre os 5 estados com os menores percentuais de abuso e exploração sexual quando as vítimas são do sexo masculino, com 10,6% e 4,2% respectivamente.

No estudo “A Criança e o Adolescente nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) – Marco zero dos principais indicadores brasileiros” foi analisada a porcentagem de denúncias registradas nos estados, relacionadas ao abuso sexual, exploração sexual, violência física e negligência. Quanto às denúncias de negligência e violência física contra meninas no Estado, o percentual é abaixo da média brasileira (44%) e corresponde a 42,8% dos casos. Quando observada as denuncias relacionadas a meninos o cenário inverte e esse percentual chega a 46,1%. Já a taxa de negligência as denúncias contra meninas voltam a ser maior, 44% enquanto contra meninos é de 37,2%.

Conforme o delegado Cláudio Alvarez Santana, da Delegacia Especializada de Defesa de Mulher Criança e Idoso de Várzea Grande, os dados confirmam a realidade no município, até mesmo supera a apresentada pelo levantamento. Segundo ele, de 80% a 90% dos casos de abusos e exploração têm como vítimas meninas e também como agressores homens. “Acredito que por esses criminosos serem do sexo masculino, a preferência se dá por vítimas do sexo feminino”.

Em relação às vítimas de violência física, o delegado explica que tanto meninas quanto meninos são alvos. “Nesse caso não dá para dizer qual sexo é o mais atingido por esse tipo de violência, já que o número dessas ocorrências fica muito próximo independente no gênero”.

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