Cerca de 40 pessoas entre esposas, mães e irmãs de reeducandos do presídio Osvaldo Florentino Leite, o “Ferrugem”, procuraram a sede do Ministério Público Estadual, esta tarde. Elas denunciam o corte de pelo menos 90% no fornecimento de alimentação aos detentos. Segundo as manifestantes, o corte ocorreu por conta da falta de pagamento do governo do Estado para empresa que disponibiliza as marmitas.
De acordo com a mãe de um dos reeducandos, Aldenir França Silva, a redução na alimentação ocorre há pelo menos dois meses. “Todos os presos estão passando por esta situação. Ele está pagando por um crime, mas não é justo passar por esta situação. Ninguém da direção do presídio nos atende para repassar uma posição. O restaurante informou que não está fornecendo os alimentos, pois também não estão recebendo”.
Gedalva Francisca do Santos, que também é mãe de reeducando, disse, ao Só Notícias, que uma das alas do presídio ficou totalmente sem alimentação durante dois dias. “Nossos filhos não estão suportando. Eles estão pagando pelo crime. Não precisam passar por esse sofrimento por falta de alimentação. A cada dia estão fornecendo menos alimentação”.
A assessoria do Ministério Público informou que promotor de justiça Pedro da Silva Figueiredo Junior receberá os familiares dos reeducandos, nesta terça-feira, às 9h.
Outro lado – Só Notícias tentou contato com a assessoria da secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) e com o diretor adjunto da unidade Marcelo Oliveira, mas as ligações não foram atendidas nem retornadas.
(Atualizada às 17h45)