O presidente do Consórcio Intermunicipal de Saúde da Região Centro-Norte de Mato Grosso (Ciscn), Eduardo Capistrano, confirmou, há pouco, ao Só Notícias, que o bloqueio na rodovia federal em um trecho nas proximidade do Posto Gil, em Diamantino (183 quilômetros de Cuiabá), foi suspenso temporariamente. Houve uma negociação com o secretário-chefe da Casa Civil, José Adolpho, que confirmou aumento no repasse de R$ 139 mil para R$ 322 mil visando a manutenção do hospital São João Batista, nos próximos 30 dias. A interdição estava prevista para ocorrer hoje, a partir das 6h.
“Decidimos cancelar temporariamente a interdição. Nos reunimos com o secretário estadual [José Adolpho] e ficou decidido que será feito um estudo de viabilidade econômica no hospital São João Batista, em Diamantino. Esse estudo ocorrerá nos próximos 30 dias e deve apontar as necessidades do governo do Estado em destinar R$ 419 mil para manter a unidade funcionado. Neste período, será repassado R$ 322 mil e não mais R$ 139 mil como havia sido anunciado antes. Porém, ainda não descartamos a interdição na rodovia. De início, vamos aguardar conclusão deste estudo”, disse, ao Só Notícias, Capistrano, que além de presidente do consórcio é prefeito de Diamantino.
A movimentação dos representantes das cidades de Arenápolis, Nortelândia, Santo Afonso, Marilândia, Alto Paraguai, Diamantino, São José do Rio Claro, Nova Maringá, Nobres e Rosário Oeste começou após o governo do Estado divulgar uma redução de R$ 419 mil para R$ 139 mil no repasse para manutenção do hospital São João Batista, no próximo mês.
Anteriormente, a secretária municipal de Saúde, Adélia Maria dos Santos, apontou que esta redução atingiria mais de 130 mil habitantes. “Pacientes de dez cidades utilizam os serviços de saúde do hospital São João Batista, em Diamantino. Com o corte, será impossível continuar com os atendimentos. É necessário pelo menos R$ 600 mil mensal para manter a unidade funcionado”.
A diretora do hospital, Cleide Anzil, confirmou que o valor não será suficiente nem para pagar a folha salarial dos 62 funcionários da unidade. “Prejudicará diretamente os atendimentos de cirurgias, serviços dos médicos, plantonistas, ortopedista. Além disso, todos os atendimentos de cirurgias eletivas, ambulatorial e gestantes são feitos na unidade. Não terá como manter esses serviços. Não há como pagar a folha salarial dos funcionários”.