Cerca de 300 hectares de vegetação nativa foram atingidos pelo fogo no Parque Estadual Gruta da Lagoa Azul, no município de Nobres (região Médio Norte). O Corpo de Bombeiros Militar recebeu o comunicado de ocorrência do incêndio no parque, na última segunda-feira. A partir de então foram verificadas por imagens de satélite a localização do foco de calor e a extensão para dimensionar a equipe a ser deslocada.
A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) também tomou providências para conter o incêndio que parece ter começado na área de assentamento vizinha ao parque. A unidade de conservação tem 12 mil hectares em uma região montanhosa da Serra do Tombador. O Batalhão de Emergências Especiais (BEA), do Corpo de Bombeiros, mobilizou duas guarnições que estão acompanhando o incêndio e esperam controlá-lo o mais rápido que puderem.
As guarnições são compostas de duas caminhonetes e oito militares munidos de equipamentos para o combate a incêndios florestais (bombas costais, abafadores, enxadas), além dos Equipamentos de Proteção Individual. A área atingida até agora é menor que a do incêndio de 2015, mas requer atenção especial por ser acidentada e de difícil mobilidade.
“Quase a totalidade dos incêndios florestais se inicia por pessoas e em áreas privadas”, diz o Tenente Coronel Paulo Barroso, comandante do BEA. É preciso tomar os cuidados necessários para fazer uma queimada, já que o o responsável pode responder penalmente e ainda sofrer as consequências do incêndio que iniciou. Segundo informações preliminares o fogo surgiu de uma queimada no assentamento (área de competência federal) e se alastrou pelo Parque Estadual da Lagoa Azul, de responsabilidade da Sema e cuja resposta ao fogo é de competência do CBMMT.