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Juíza decreta prisão preventiva de acusados de integrar quadrilha que furtava carretas no Nortão

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A juíza da 1ª Vara Criminal, Rosângela Zacarkim, decretou a prisão preventiva de quatro acusados de integrar uma quadrilha especializada em furto de carretas carregadas com grãos (soja e milho) em Sinop e região. “Num exame superficial das peças carreadas aos autos, encontram-se presentes os indícios de autoria e a materialidade, isto é, o fumus comissi delicti, em face aos esclarecimentos advindos das declarações prestadas pelas testemunhas e pela confissão dos flagrados”. 

Consta no processo que um dos suspeitos era investigado por furtos ocorridos na região Norte, utilizando uma carreta “trator” Volvo. Ele teria sido visto “furtando uma carreta na cidade de Matupá” e em um posto de combustíveis em Sinop. Ambos casos foram registrados por câmeras de segurança. A Polícia Civil, então, pediu a quebra de sigilo telefônico e descobriu que outros dois homens estariam envolvidos nos furtos. Um teria a função de escolher as carretas que seriam furtadas e outro ficaria responsável por comercializar os veículos.

No dia 13 de junho, os investigadores da Delegacia Especializada em Roubos e Furtos (Derf) flagraram uma das carretas furtadas estacionando em um armazém em Sorriso. Os três suspeitos foram e o dono do local foram presos. O proprietário do silo alegou que desconhecia a origem da carreta. Outro dos acusados afirmou apenas que havia sido contratado para fazer o frete e receberia R$ 1 mil. Todos continuam detidos no presídio Osvaldo Florentino Leite, o “Ferrugem”.

Conforme as investigações, a organização é acusada de furtar nos últimos dois meses pelo menos 15 carretas nos municípios de Guarantã do Norte, Matupá, Sorriso, Peixoto de Azevedo e Sinop. O prejuízo estimado é de cerca de R$ 2 milhões. No entanto, conforme o delegado responsável pelo inquérito, Ugo Ângelo Reck, até o momento, a Polícia Civil credita quatro furtos ao grupo, com prejuízos que passam de R$ 500 mil.

“Nos últimos meses foram de dez a 15 crimes registrados com características semelhantes. Não sei se vamos ter provas para conseguir responsabilizá-los por todos. A princípio, eles são acusados de quatro furtos, que eles confessaram. Cada carga era avaliada em R$ 50 mil. Há também algumas carretas que não foram recuperadas e são avaliadas em aproximadamente R$ 150 mil. Só com estes quatro casos pode passar de R$ 500 mil”, afirmou, ao Só Notícias.

Além dos quatro detidos inicialmente, a Derf também localizou o principal suspeito de chefiar o bando. Ele é empresário em Sinop, foi preso dia 17 de junho e encaminhado para o presídio Ferrugem. Para a polícia, o suposto mentor do grupo não atuava na execução dos crimes, motivo pelo qual não foi preso anteriormente. Ele teve o nome citado várias vezes durante as interceptações telefônicas, conforme os investigadores.

Após a prisão dos quatro primeiros suspeitos, no dia 12, a Derf recebeu informações da comarca de Juara de que um possuía mandado de prisão em aberto por roubo qualificado de máquinas agrícolas. O documento encaminhado aponta ainda que o homem é suspeito de crimes semelhantes na região. O mandado de prisão preventiva foi cumprido no presídio Ferrugem.

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