A juíza da 2ª Vara Criminal, Débora Roberta Pain Caldas, decidiu manter presas duas jovens de 21 e 22 anos, acusadas de integrarem uma quadrilha que planejava atentados contra agentes de segurança pública em Sinop. Também são suspeitas de participarem da facção criminosa carioca “Comando Vermelho (CV)” em Mato Grosso.
A defensoria pública entrou com pedido de revogação da prisão preventiva, alegando ausência de “circunstâncias previstas para manutenção das constrições cautelares”. A defesa também justificou que as duas jovens possuem “requisitos para responderem ao processo em liberdade”.
Com manifestação do Ministério Público Estadual (MPE) pelo indeferimento, a juíza negou o pedido. Para ela, não foram apresentados elementos “hábeis a modificar as decisões que converteram as prisões flagranciais das acusadas em preventivas”. Para ela, a Defensoria Pública sequer comprovou “atributos pessoais favoráveis”, que, por si só, “não têm o condão de lhes conferir o direito à liberdade quando presentes as circunstâncias autorizadoras da segregação”.
Os indícios de que as duas integram a facção carioca também foram analisados pela juíza. “A constrição cautelar das acusadas encontra-se fundamentada na garantia da ordem pública, haja vista a existência de fortes indícios de que elas integrem a organização Comando Vermelho de Mato Grosso, circunstância idônea para manutenção das prisões preventivas, haja vista a necessidade de interromper ou ao menos diminuir a atuação de integrantes de facções criminosas no Estado”.
As duas foram presas em dezembro e respondem a ação penal por posse de arma de fogo de uso restrito e por integrarem facção criminosa. As jovens estavam em uma casa, no bairro Jardim Novo Estado, onde policiais civis localizaram uma pistola 9 milímetros, de fabricação israelense e 29 munições. Durante a operação também foram presos outros dois jovens de 20 e 24 anos.