Com o objetivo de melhorar a qualidade de vida e promover a ressocialização de reeducandos, a Secretaria de Estado de Educação, Esporte e Lazer (Seduc) lançou o projeto “Esporte e Cultura: Educando para Ressocializar”, voltado a detentos da Penitenciária Central do Estado (PCE) e a reeducandas do presídio feminino Ana Maria do Couto May, ambos na capital.
Por meio da Escola Estadual Nova Chance, eles poderão participar de até seis modalidades esportivas durante as aulas. O projeto conta com a expectativa de ser expandido para outras unidades prisionais do Estado.
Conforme o secretário-adjunto de Política Educacional da Seduc, Edinaldo Gomes, os resultados da EE Nova Chance têm sido reconhecidos tanto no Estado, quanto em outras regiões. “Estudos comprovam que a Educação é a principal saída para a redução da criminalidade e da reincidência dos detentos. Como educadores, vemos este trabalho com muito carinho”.
Hoje a EE Nova Chance funciona em 46 unidades prisionais de 41 municípios de Mato Grosso, atendendo mais de 3,3 mil alunos. Somente na Penitenciária Central do Estado, a escola atende mais de 350 alunos, que contam com 17 salas de aulas, sendo 11 dentro do complexo e mais seis localizadas fora da unidade.
De acordo com o diretor da EE Nova Chance, Paulo de Oliveira Júnior, as ações educativas na PCE estão em franco desenvolvimento, com aumento de turmas e alunos, e diversos projetos. “Temos incentivado a leitura, o estudo de maneira geral, e agora ganhamos um forte aliado, que é a prática esportiva”.
Segundo Júnior, os estudantes da PCE poderão praticar futsal, basquete, tênis de mesa, xadrez, dama e dominó e, em breve, as alunas do Ana Maria do Couto May também poderão praticar vôlei durante as aulas. “Serão ofertadas aulas dentro e fora das unidades, para os tipos diferentes dos alunos, aos que podem sair das unidades, como nos casos de regime semiaberto, e aos que não podem sair”.
Conforme o diretor, o projeto visa também a combater a ociosidade e estimular o trabalho de equipe e as relações humanas. “Não podemos pensar em ressocialização sem educação. Em muitos casos, foi justamente a falta de oportunidades que os levou ao caminho do crime. Agora temos a oportunidade de corrigir isto, com um estudo de qualidade e ações que podem melhorar o desempenho dos alunos”.