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Pelo menos 20 categorias devem aderir à “greve geral” em Mato Grosso

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O comando de trabalhadores que está organizando a greve geral nesta sexta-feira (28) em Cuiabá espera contar com a adesão de pelo menos 20 categorias organizadas em sindicatos, que interferem na dinâmica da cidade, além de manifestantes que, por iniciativa própria, estejam insatisfeitos com os rumos políticos do país. Além de atos no interior, caravanas estão vindo para Cuiabá, para fortalecer o protesto estadual.

A intenção é juntar dez mil pessoas na praça Ipiranga, no centro na capital, às 15h. Vão parar médicos, dentistas, enfermeiros, motoristas de ônibus, bancários, professores, funcionários da CAB e dos Correios, além de 32 categorias de servidores públicos. Taxistas decidem nesta tarde se aderem ou não à greve. Nas escolas privadas, professores de pelos 20 delas também vão cruzar os braços.

A greve é contra a reforma Trabalhista, aprovada ontem no Congresso Nacional e encaminhada ao Senado, e também contra a reforma da Previdência, ainda em trâmite no Congresso.

Centrais sindicais e sindicatos, o movimento estudantil e de sem-terra entendem que essas reformas, como elas estão postas, prejudicam o trabalhador e retiram direitos historicamente conquistados, como o 13º salário.

Outra crítica é direcionada à legalização das terceirizações. "Precarizam as relações de trabalho", ressalta o bancário João Dourado, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Segundo ele, o terceirizado recebe salários menores por jornadas mais extensas.

Segundo o sindicalista, no comando de greve todos estão surpresos com "a dimensão que este protesto está tomando".

Sobre o risco de demissão e corte de ponto, ele assegura aos que ainda estão em dúvida se aderem ou não à paralisação por medo que "antes isso do que perder direitos históricos". Na visão dele, se todos aderirem, "não tem como demitir ou punir todo mundo".

"Faça greve e vá ao ato, com seu esposo, esposa, seu filho, é uma manifestação pacífica, de trabalhadores, contra manobras parlamentares que atingem principalmente famílias de classe média e baixa", diz João Dourado.

Ele destaca que, ao contrário do que estão divulgando erroneamente nas redes sociais, este ato é sim contra a corrupção, porque, segundo ele, esta não é uma bandeira de apenas um grupo de brasileiros mas sim de todos que querem mudanças.

"Boa parte desses que estão votando contra nossos direitos foram citados na operação Lava Jato".

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