A reunião foi realizada na sede do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA-MT), na capital, ontem. Esse foi o segundo encontro entre Sindicato das Indústrias Madeireira do Norte do Estado (Sindusmad), Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira de Mato Grosso (Cipem) e Corpo de Bombeiros para discutir a redução das exigências de segurança para o setor.
O diretor do Sindusmad, Carlos Gilberto Pierdoná, disse, em entrevista ao Só Notícias, que foi chamado a esta reunião para explicar ao comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Alessandro Borges Ferreira, como o setor funciona e para que servem os barracões. “Expliquei para ele que não temos estrutura fechada, somente telhado para proteger do sol e da chuva e que por isso não apresenta riscos de propagação em caso de incêndios. Também mostramos durante a reunião que há muito tempo o setor não registra acidentes de trabalho e que por isso não podemos ser enquadrados e ter exigências iguais a outros ramos de atividades”.
O próximo passo do setor é apresentar uma defesa técnica para comissão multidisciplinar composta por bombeiros, técnicos da UFMT, Conselho Regional de Engenharia (Crea), Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU) e Associação Mato-grossense de Engenheiros Eletricistas (AMEE), que estudaram o assunto. Entre as alterações propostas pelo setor madeireiro durante a reunião está o aumento para 1.200 m² da área mínima dos barracões. Dessa forma, cerca de 70% das empresas estariam isentas da implantação de hidrantes. Atualmente é exigida para área máxima até 750m² a apresentação do PS -Procedimento Simplificado.
No dia 31 maio será realizada uma votação junto ao conselho no CREA-MT, que é composta por nove membros de várias áreas. Onde será definido se o setor madeireiro terá ou não a exigências de risco diminuídas. Se aprovada as novas exigências passam a valer para todo o Estado.