Médicos que trabalham no Hospital Regional Albert Sabin aprovaram, há pouco, em assembleia, a parasalição de alguns atendimentos por conta de atraso nos pagamentos de dois meses de salários e falta de estrutura e segurança para trabalhar. Casos de urgência e emergência serão atendidos. De acordo com o representante jurídico da categoria, a aprovação da paralisação foi unânime. Os médicos atendem agora o prazo legal de 72 horas para suspender as atividades. “ Caso o governo faça os pagamentos dentro desse prazo a greve pode ser suspensa”, afirmou o advogado Carlos Eduardo Barbosa Lima, ao Só Notícias.
As principais reivindicações são os pagamentos dos salários atrasados (referente a novembro de 2016 e março 2017) para a maioria dos profissionais, reajuste salarial de 11,28% e contratação de médicos para realizar a triagem dos pacientes. Eles também apontam falta de condições de trabalho e segurança. Na semana passada, a assessoria jurídica dos médicos encaminhou ao sindicato dos Médicos de Mato Grosso, Sindimed-MT, edital de convocação da assembleia realizada essa noite. O hospital atende pacientes de cidades da região em sistema de consórcio.
Também foi entregue uma carta com as reivindicações ao diretor do Hospital Regional de Alta Floresta. “O salário mínimo subiu, os preços dos produtos subiram, os impostos, enfim existe uma defasagem no salário pago atualmente a categoria médica. É necessário acompanhar o mercado visto que, o poder de compra da categoria, foi diminuído. Assim, desde já há necessidade de correção dos valores pagos pelo menos com referência ao índice INPC, a fim de reestabelecer a compensação monetária dos salários”, cobram os profissionais. Na carta os médicos apontam que “não há um banheiro para banho e necessidades fisiológicas. Atualmente, há necessidade de utilizar-se do banheiro público dos pacientes para que os médicos realizem sua higiene pessoal".