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Secretaria de Saúde confirma que macaco morreu após receber uma pancada em Sinop

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A Secretaria Municipal de Saúde confirmou, há pouco, ao Só Notícias, que o primata encontrado sem vida nas proximidades do Parque Florestal, no bairro Jardim Primaveras, ontem, morreu após sofrer um trauma, que pode ter sido causado por atropelamento ou algum tipo de agressão. Segundo informações da assessoria, o corpo do macaco foi recolhido do local por uma equipe da secretaria e encaminhado ao centro de atendimento aos animais silvestres da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), campus de Sinop. Os exames são feitos pela UFMT, em conjunto com a equipe de zoonoses do município.

Ainda de acordo com a assessoria, não há uma estimativa ou controle de quantos animais vivem no Parque Florestal. No entanto, é feito um trabalho pelo Núcleo de Estudos da Biodiversidade da Amazônia Mato-grossense, da UFMT, com apoio da prefeitura e 3ª Promotoria Cível de Sinop. Atualmente as espécies presentes no parque são de mico, macaco-prego, macaco-aranha de cara branca e sauá.

Outro animal foi encontrado em avançado estado de decomposição dentro do forro do prédio da biblioteca da UFMT, em Sinop. O local está passando por ampliação e o primata foi localizado pelos servidores da obra. A informação foi confirmada, ontem,  pela médica responsável pelos atendimentos aos animais silvestres, Elaine Dione Venega da Conceição, ao Só Notícias.

Segundo ela, os restos mortais foram recolhidos, passarão por um mapeamento e exames necessários para tentar descobrir as circunstâncias de como ocorreu a morte. “Recolhemos amostras de tecido hepático para fazer determinados exames e tentar identificar o que causou a morte. Devido ao estado que foi encontrado será feito exame de Proteína C Reativa (PCR). Normalmente é feito através da coleta do sangue do doador. Na coleta de sangue vamos buscar estabelecer uma resposta de indício da morte. Além disso, pode ser feito exame de necropsia, que faz o acompanhamento da coleta de amostra da patologia para tentar encontra algum tipo de lesão. Ou antígeno, que é uma substância capaz de analisar tecidos e conseguir verificar se existe ou não algum tipo de vírus”.

Elaine ressaltou ainda, que não há nenhum tipo de indício ou suspeita que a morte tenha sido causada pelo vírus da febre amarela, por exemplo. “É importante deixar claro que não há suspeita de infestação da febre amarela neste animal. Ele poder ter morrido em decorrência do calor. Ficou muito tempo preso dentro do forro e acabou morrendo. Nada indica ou têm associação com febre amarela”.

O foco de transmissão da febre amarela está no Espírito Santo e também em Minas Gerais. Neste último estado, o número de casos suspeitos chegou a 712, em janeiro deste ano. De acordo com a Secretaria de Saúde estadual há 40 mortes confirmadas. Minas é o estado mais afetado do país. No Espírito Santo, há 30 casos sendo investigados. De acordo com o Ministério da Saúde, a doença é transmitida pelo Aedes aegypti, o mesmo mosquito que transmite a dengue, zika e chikungunya. Quando os mosquitos picam um macaco doente, se tornam capazes de transmitir o vírus a outros macacos e ao homem.

Em Mato Grosso, dois casos suspeitos da doença foram notificados recentemente.

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