O fórum sindical, que representa 32 sindicatos de servidores do Estado, e as centrais sindicais se articulam para participar da “greve geral” na próxima quarta-feira (15). A mobilização nacional é contra a reforma da previdência, trabalhista e do ensino médio, propostas pelo presidente Michel Temer. Em Mato Grosso a mobilização também questionará propostas pelo Executivo Estadual, como o projeto do "Teto de Gastos", que prevê o aumento da alíquota de contribuição dos servidores públicos, o congelamento dos salários e a suspensão do pagamento da Revisão Geral Anual (RGA). Também serão repudiadas as mudanças na Educação do Estado.
O ato está previsto para ocorrer na Praça Ipiranga, centro de Cuiabá, a partir das 15 horas. A expectativa é reunir centenas pessoas em um único coro contra essas propostas, que "impactam diretamente a vida dos servidores e sociedade".
De acordo o presidente do Sindicato dos Profissionais da Área Meio do Poder Executivo de Mato Grosso (Sinpaig), Edmundo César Leite, os servidores ainda vão conversar e iniciar uma mobilização, mas a participação no ato é garantida. “Ficou acordado que o Fórum Sindical vai aderir à greve geral e vamos repudiar o Governo Taques também”, disse.
Na Educação, a mobilização é contra o que o Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep) classifica como “desmonte” e “privatização” do Ensino Médio. Na pauta de reivindicação, consta a reclamação de que as mudanças propostas pelo Executivo não estão sendo repassadas ao Sintep antes de serem colocadas em prática.
Segundo informações do Sintep, o sindicato não está fazendo parte da comissão de política pedagógica de modo que o Executivo tem realizado atribuição de aulas e determinado teste seletivo pra servidores concursados, por exemplo, sem o conhecimento prévio dos profissionais. Além disso, o sindicato não estaria obtendo respostas da greve de 2016, como a promessa de realização de concurso público para o setor.
Diante da diversidade de reivindicações, a categoria vai realizar uma assembleia geral, no próximo dia 20, para deliberar sobre deflagrar uma nova greve no Estado. Em 2016, a greve dos professores durou 67 dias, motivada pela exigência do aumento do piso salarial e o pagamento do RGA. Neste ano, o início do ano letivo será no dia 13 de março e o término no dia 22 de dezembro.
Segundo a assessoria da secretaria de Educação, todas as mudanças nas políticas estaduais implementadas nos últimos dois anos foram discutidas no conselho e no Fórum Estadual de Educação – duas instâncias nas quais o Sintep possui assentos. A Seduc informou ainda que o cronograma do concurso para a contratação de mais de 5,7 mil profissionais da Educação foi apresentado aos representantes do Sintep, mês passado.