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Homem é condenado em Sinop a 16 anos de cadeia por assassinato e corromper adolescentes

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 Foi condenado, ontem, em júri popular, Antônio Nunes da Conceição, pelo assassinato de Gerson dos Santos Garcia, 30 anos, em abril de 2012, em uma residência no bairro Jardim Botânico. Os jurados entenderam que ele é culpado por mandar matar a vítima e por corromper adolescentes. Pelo primeiro crime, a juíza da 1ª Vara Criminal, Rosângela Zacarkim, aplicou a pena de 15 anos. Por corrupção de menores ele foi condenado a mais 1 um ano de detenção (somando, assim, 16 anos de prisão). O regime inicial de cumprimento da pena será fechado. Ainda cabe recurso à sentença.

O principal acusado pelo crime teve a prisão decretada três vezes. A última ocorreu no ano passado, quando a juíza da 1º Vara Criminal, Rosângela Zacarkim, determinou a detenção, sob justificativa de que o réu estaria oferecendo vantagens a uma das testemunhas “como a venda de uma casa pela metade do valor de mercado, em troca de depoimentos favoráveis perante o juízo”.

Consta na denúncia ainda que o réu teria procurado o próprio filho, que está detido na presídio Osvaldo Florentino Leite, o “Ferrugem”, para oferecer apoio jurídico, em troca da negação de um depoimento desfavorável prestado à Polícia Civil. “Nesse ponto, ressalta-se que, embora num primeiro momento a testemunha (o filho do suspeito) tenha afirmado ser o acusado o autor dos fatos, ao ser inquirida pelo juízo se retratou de suas afirmações”, apontou a juíza.

O suspeito foi detido logo após o crime e ficou preso provisoriamente por 30 dias. Em seguida, foi solto e fugiu, tendo a prisão preventiva decretada. Detido pela segunda vez em fevereiro de 2013, ele conseguiu a revogação da prisão, em setembro do mesmo ano, e foi, outra vez, colocado em liberdade.

A ex-mulher da vítima relatou que o crime teve motivação passional. Segundo ela, o acusado tinha ciúmes de Gerson, com o qual tinha morado junto algum tempo antes. O suspeito, conforme o relato, teria feito várias ameaças à mulher, que procurou a polícia para denunciar a situação. Em sua versão, a ex-esposa relatou que soube por outras pessoas que o acusado pagou uma quantia de R$ 5 mil, mais uma motocicleta para dois jovens assassinarem Gerson.

Em depoimento, o professor negou envolvimento no homicídio e disse que teve um relacionamento amoroso com a vítima durante oito anos. Relatou ainda que se distanciaram sem qualquer desavença e que aceitou “normalmente” a separação. Ele explicou, no entanto, que foi obrigado a pagar várias contas de Gerson que chegavam em seu antigo endereço, onde haviam morado e que, por tal motivo, procurou a mulher da vítima para resolver a situação. Negou também ter a ameaçado.

A ex-mulher de Gerson foi a única testemunha presencial do crime. Ela detalhou que dois jovens invadiram o quintal da residência e a obrigaram a deitar no chão. Em seguida, mandaram a vítima também deitar e, um dos suspeitos, deu um tiro na testa de Gerson, que ainda tentou levantar, mas foi alvejado na cabeça por mais duas vezes. Ele chegou a ser socorrido com vida pelo Corpo de Bombeiros, no entanto, não resistiu aos ferimentos e morreu em um hospital.

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