A JBS foi intimada a pagar multa de R$ 3 milhões pelo descumprimento de decisão judicial que determinou a adoção de medidas de saúde e segurança do trabalho na unidade de Alta Floresta. Na planta foram constatadas diversas irregularidades, entre elas a ausência de alarmes para detectar vazamento de produtos químicos, obstrução de saídas de emergência e disponibilização de extintores de incêndio vencidos ou com lacre rompido.
A Justiça do Trabalho concedeu prazo de 15 dias para a empresa comprovar o depósito. A quantia ficará vinculada a uma conta judicial até o trânsito em julgado da ação movida pelo Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso (MPT) contra o frigorífico, ou seja, até esgotarem-se as possibilidades de recurso. Caso a sentença não seja modificada, o valor recolhido poderá ser destinado a entes públicos ou filantrópicos que atuem em prol de direitos trabalhistas coletivos.
O pedido do MPT, deferido pela juíza Janice Schneider Mesquita no dia 24 de janeiro, visa garantir a segurança dos 270 empregados da planta, expostos a condições inseguras há anos. Em 2014, um vazamento de amônia no setor de desossa levou 17 funcionários ao hospital e, na época, demonstrou a incapacidade da empresa de responder de maneira rápida e eficiente a situações de emergência. Após o episódio, a unidade chegou a ser interditada.
As informações são da assessoria.