A greve geral dos profissionais da Educação deve ocorrer a partir do dia 15 de março em todo o país. A decisão ocorreu durante o 33º Congresso da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (Cnte). A paralisação será contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) elaborada pelo governo federal que altera as regras da previdência no país, fixa idade mínima de 65 para requerer aposentadoria e eleva o tempo mínimo de contribuição de 15 anos para 25 anos.
O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Sinop (Sintep), Kleber Solera, disse, ao Só Notícias, que a entidade é filiada à Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação e deve aderir ao movimento. “Vamos ter uma reunião para definir como será feita esta paralisação em Mato Grosso. O encontro ocorrerá na sexta-feira e no sábado, em Cuiabá. No entanto, podemos adiantar que vamos aderir ao movimento”.
Segundo o Sintep, a reforma na previdência acabará com a aposentadoria especial dos professores, que também se enquadrarão na idade mínima de 65 anos. Além disso, reduzirá em 76% o valor pago da aposentadoria. Para receber 100%, o profissional terá que contribuir durante 49 anos.
De acordo com o governo federal, a previdência registra rombo crescente: gastos saltaram de 0,3% do PIB, em 1997, para projetados 2,7%, em 2017. Em 2016, o déficit do INSS chega aos R$ 149,2 bilhões (2,3% do PIB) e em 2017, está estimado em R$ 181,2 bilhões. Os brasileiros estão vivendo mais, a população tende a ter mais idosos, e os jovens, que sustentam o regime, diminuirão.
As mudanças devem ser aprovadas pelo Senado Federal, este ano.