Oito presos de alta periculosidade foram transferidos da Penitenciária Central do Estado (PCE) após indícios de que rebeliões poderiam ocorrer em unidades prisionais locais a mando dos líderes do Comando Vermelho de Mato Grosso (CV-MT). As movimentações ocorreram no início deste mês a pedido da Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh). O Grupo de Combate ao Crime Organizado (GCCO) informou que apesar de não haver previsões de novas transferências, a possibilidade não está descartada, uma vez que as investigações sobre possíveis ataques continuam.
Assim como a identificação dos detentos transferidos, as penitenciárias para onde eles foram levados não tiveram os nomes divulgados. De acordo com a Sejudh, o sigilo é mantido para evitar possíveis resgates durante o percurso de movimentação e também a organização de ataques nos presídios. O chefe do GCCO, Flávio Stringueta, informou que os reeducandos estavam instalados na PCE.
“Como surgiu essa situação de tensão, houve a sugestão dessas transferências para garantir a segurança nas unidades prisionais. Por enquanto, essas são as únicas mudanças determinadas, porém, como o clima ainda está nebuloso a cerca das rebeliões em todo o país, nos mantemos em alerta caso haja a necessidade de novas movimentações”.
O principal líder do CV-MT, Sandro da Silva Rabelo, o “Sandro Louco”, já estava fora do Estado desde o ano passado, em presídio federal, assim como outros importantes integrantes da facção criminosa. Outros nomes que se destacam no CV-MT, pois participaram dos ataques em junho do ano passado em Cuiabá, Várzea Grande e interior também podem estar entre os transferidos. Isso porque, mesmo o governo tendo afirmado que já tinham sido transferidos de Mato Grosso, até dezembro do ano passado pelo menos seis estavam na capital.