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Sindicato faz alerta para risco de massacre semelhante ao de presídio em Manaus em MT

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O presidente do Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado de Mato Grosso (Sindspen-MT), João Batista, afirmou que o massacre no presídio de Manaus (AM), com mais de 50 mortos, “pode acontecer a qualquer momento em qualquer estado brasileiro, pois a crise no Sistema Penitenciário é geral. Aqui em Mato Grosso, nós vimos, recentemente, o crime organizando afrontando o Estado, ordenando ataques de dentro de presídios e também já foram registrados mortes entre facções nas unidades prisionais".

"Aqui em Mato Grosso, graças a dedicação e empenho dos servidores penitenciários, ainda não tivemos uma tragédia semelhante. Mas se o governo não investir, conforme a urgência, também poderemos ter uma tragédia anunciada e nossa preocupação é com os servidores penitenciários, que serão usados como moeda de troca, pois, segundo informações, o PCC diz que haverá uma resposta as mortes ocorridas em Manaus. Portanto, todos os estados e servidores penitenciários devem estar com atenção redobrada. Não queremos mais ter outra tragédia com agente morto ou fuga em massa, onde toda a sociedade será refém”.

De acordo com ele, ao contrário do que tem se pregado em alguns estados, a utilização de parcerias privadas ou terceirização dos serviços nos presídios não é solução. "No Maranhão, onde em 2013 houve uma crise semelhante, havia uma gestão público-privada. Lá em Manaus, também há esse modelo. Mesmo assim, aí está o resultado desastroso".

Batista afirma que o governo não deve ceder aos interesses da iniciativa privada e sim deve assumir o total controle do Sistema Penitenciário, pois só assim irá conseguir mudar as políticas públicas de segurança. "Para isso, é preciso investir em uma boa gestão pública, na reestruturação das unidades, na valorização dos operadores penitenciários e oferecer condições de trabalho e de segurança adequada. Ao invés de repassar milhões para uma empresa privada fazer a gestão de um presídio e o resultado ser igual ou pior ao caos que já temos, o Estado precisa investir em sua própria estrutura, precisa mostrar sua força. Só assim iremos sentir a verdadeira mudança".

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