O projeto que reajustava e corrigia impostos em Sorriso não passou na Câmara Municipal. Apesar de ser aprovado, por 4 a 3, não houve votos suficientes para garantir que o projeto passe a vigorar. Por tratar’se de um projeto de lei complementar, eram necessários 6 votos favoráveis.
A atuação da bancada de oposição ao prefeito Dilceu Rossato foi determinante para o projeto ser derrubado. O projeto corrigia a planta de valores do IPTU – Imposto Predial e Territorial Urbano-. O reajuste médio era de 50%. Para alguns bairros, chegava a 80%.
“Votamos contra porque este momento reajustar imposto não é oportuno. O município vive uma crise muito forte e entendemos que a população, principalmente a de baixa renda, seria prejudicada.
Havia alguns aumentos absurdos. Só o IPTU para casas de madeira subiria 150%”, argumentou o vereador Wanderlei Paulo (PMDB), líder da oposição.
” Nós discutimos o projeto com o secretário de Administração, ouvimos suas explicações, manifestamos nossa posição contrária a muitos pontos do projeto como a taxa de lixo, que acabou sendo reduzida. Mas muitos impostos subiriam muito pela proposta do Executivo e concluímos que não era o melhor momento para reajustar impostos”, acrescentou.
Outro lado
O secretário de Administração, Marcos Folador, lamentou, agora há pouco, em entrevista ao Só Notícias, que os vereadores não tenham viabilizado a aprovação do projeto. O que estava sendo proposto no projeto era uma correção de vários tributos e que os vereadores se baseram apenas no IPTU para votarem. ” O Código atual que temos é muito atrasado para nossa realidade e que precisa ser readequado. O projeto que mandamos para a cãmara continha várias adequações”, afirmou.
De acordo com Folador, alguns investimentos que poderiam ser feitos ano que vem com aumento na arrecadação que era esperada com esta correção no código tributário não devem ser feitos.