Os petistas já saíram em defesa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que foi bombardeado pela oposição depois de acusar seus adversários de tentar promover o “golpismo” no país. O presidente do PSDB, Tasso Jereissati, disse que o presidente “parece estar confuso, intranqüilo, com idéias desencontradas e pouco claras em relação ao governo”. O líder do PSDB na Câmara, Alberto Goldman (SP), disse que Lula começava a dar demonstrações de desequilíbrio ao acusar o ambiente golpista alimentado pela oposição.
Em resposta, o líder do PT na Câmara dos Deputados, Henrique Fontana (RS), disse que parte da oposição tem tido uma atitude “bastante desequilibrada” no trato com o presidente Lula.
Para o deputado petista, é preciso debater politicamente que setores da oposição pensaram num ambiente golpista, quando levantaram a hipótese de pedir o impeachment do presidente Lula, “o que se comprovou inaceitável no correr dos meses porque não havia nenhum motivo para isso”.
Fontana também disse que há um ambiente de denuncismo, baseado em acusações sem provas, que serve para desgastar o governo. “É lógico que num ambiente em que algumas denúncias são sérias, se misturam um conjunto de outras que alimentam um objetivo político eleitoral. Na minha opinião, é a isto que o presidente está se referindo”, disse ele sobre a declaração de Lula.
Trégua
Fontana também criticou a postura da oposição, que depois da declaração do presidente Lula passou a considerar a possibilidade de romper a trégua com o governo e não votar o Orçamento de 2006, por exemplo.
Segundo ele, esse comportamento da oposição é irresponsável. “Ou será que é vantagem para o Brasil entrar no ano que vem paralisando investimentos no primeiro trimestre, paralisar obras que estão sendo feitas em estradas e portos, para gerar um desgaste eleitoral para o atual governo?”