Para muitos prefeitos da região, o ano de 2005 é para ser esquecido. A economia regional foi atingida com duros golpes, que dificultaram o crescimento, trouxeram o desemprego e, conseqüentemente, o aumento dos problemas sociais. A crise atingiu as áreas da agricultura, da pecuária e do extrativismo. Todas elas tiveram seu efeito devastador na economia local, mas nenhuma talvez tenha feito tanto estrago como a crise da madeira, desencadeada após a Operação Curupira, da Polícia Federal que identificou e prendeu uma quadrilha de funcionários públicos, empresários e prestadores de serviços que vendiam Guias de Transporte Florestal, as ATPFs, necessárias para o desempenho do setor madeireiro. Milhares de famílias dependem diretamente das madeireiras. Com o fechamento de um grande número de empresas e com a dificuldade em trabalhar, as demissões foram inevitáveis. Milhares ficaram sem emprego. O resultado disso foi o aumento no atendimento nas áreas do social das prefeituras. “2005 foi um ano nulo para a indústria madeireira” reclama o prefeito de Nova Bandeirantes, Valdir Barranco (PT) O prefeito já está preparando o município para 2006.
Na semana que passou foram realizadas reuniões com pequenos agricultores e com madeireiros, no intuito de ‘preparar’ o ano de 2006. A chefe da Sema, Ana Luiza da Riva, participou das reuniões explicando aos interessados como a Sema – Secretaria de Meio Ambiente, vai agir no ano que vem, quando passará a ter maior responsabilidade com relação ao setor ambiental do estado. Maria Luiza era chefe do Ibama de Sinop quando houve a operação Curupira e acabou sendo presa acusada de fazer parte da quadrilha que lesava o meio ambiente. Foi solta posteriormente quando provou sua inocência. Ela já havia sido exonerada do cargo de chefe do Ibama. Com a proximidade com o governo do estado, dada sua experiência, Ana foi convidada a fazer parte da equipe da Sema e hoje chefia a unidade local.
Segundo o prefeito Valdir Barranco, na reunião com os madeireiros foram esclarecidas muitas dúvidas com relação as novas atribuições da SEMA. “O Setor Madeireiro representa muito. Representa empregos, geração de renda ao comércio local e impostos aos cofres públicos e acima de tudo representa parcerias. Geram aproximadamente, entre empregos diretos e indiretos no pico de suas atividades, 1800 postos, em um município com aproximadamente 21 mil habitantes”, relatou Barranco sobre a importância da reunião.
O objetivo da Sema, apresentado nas reuniões, é de auxiliar o setor na organização, respeitando-se uma nova mentalidade com base na responsabilidade ambiental. “Ela disse que o tempo da repressão e coerção pura e simples está chegando ao fim”. Relata confiante o prefeito. “O fato de sua presença amigável coloca o órgão onde deveria há muito estar. Considero que os órgãos de governos atuavam como o pai que bate sem dizer porque, ou seja, o filho apanha sem saber onde errou. E isto é injustificável em qualquer circunstância, porque foge à coerência, ao bom senso e à racionalidade. Hoje a atitude da Sema é a correta, ela faz o contrário, primeiro diz o que é certo e errado e deixa claro que se a partir daí errarem…
Foram duas reuniões:
A primeira às 13:30 horas com os madeireiros, e a segunda às 16 horas com os presidentes de associações do Assentamento Japuranã, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Secretário de Agricultura e a Coordenadora do Escritório Regional da Sema Dra. Ana Luiza da Riva. As reuniões aconteceram na Câmara de Vereadores, dia 09/11, quarta-feira.
Na reunião com os madeireiros foram exclarecidas muitas dúvidas com relação as novas atribuições da SEMA, e estes saíram satisfeitos com os esclarecimentos dados pela Chefe Regional. O Setor Madeireiro representa muito. Representa empregos, geração de renda ao comércio local e impostos aos cofres públicos e acima de tudo representa parcerias. Geram aproximadamente, entre empregos diretos e indiretos no pico de suas atividades, 1800 postos, em um município com aproximadamente 21 mil/habitantes.
A Ana deixou claro, não só na fala mas também nas atitudes, no fato de vir aqui, participar, palestrar, se por a disposição para ajudar a organizar o setor, a partir de uma nova mentalidade, que o tempo da repressão e coerção pura e simples está chegando ao fim. O fato de sua presença amigável coloca o órgão onde deveria há muito estar. Considero q os órgãos de governos atuavam como o pai que bate sem dizer porque, ou seja, o filho apanha sem saber onde errou. E isto é injustificável em qualquer circunstância, porque foge à coerência, ao bom senso e à racionalidade. Hoje a atitude da Sema é a correta, ela faz o contrário, primeiro diz o que é certo e errado e deixa claro que se a partir daí errarem…”, concorda.
Na reunião com os assentados deu-se início ao trabalho de confecção de um projeto de sustentabilidade, que leve em consideração os problemas e exigências ambientais, ecologicamente correto e socialmente justo. O projeto para o assentamento foi exigência do MP Federal durante audiência pública realizada no dia 25/10. “Ela demonstra nosso compromisso com os parceleiros, a medida em que apenas 14 dias após a audiência demos o primeiro passo para a confecção do projeto”, comemora.