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Roberto Jefferson será assistente acusação no júri contra fazendeiro do Nortão

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O deputado cassado Roberto Jefferson, – o homem que “detonou” o esquema do mensalão- esta retomando as atividades de advogado criminalista e vai ser o assistente de acusação no processo contra o fazendeiro Vilmar Taffarel (Nenê) acusado do atentado contra o ex-vereador Augusto Alba, em Vera (80 km de Sinop), em novembro de 2001, que resultou na morte da filha dele, Keila, que tinha 12 anos.

Só Notícias apurou, agora há pouco, que o advogado Roberto Jefferson (presidente licenciado do PTB) aceitou atuar, de graça, neste processo. O ex-vereador Augusto Alba, que mudou-se de Vera há alguns meses, telefonou para o deputado federal Ricarte de Freitas Junior, pedindo apoio para que Jefferson atuasse no caso. Ricarte foi conversar com o ex-deputado que aceitou ser o assistente de acusação. “O Jefferson ficou sensibilizado com o caso. Eu coloquei ele em contato com o Augusto Alba e ele concordou em ser o assistente de acusação neste processo”, afirmou Ricarte, agora há pouco, em entrevista ao Só Notícias.

O júri de Nenê Taffarel (foto)- que chegou a ficar preso em Sinop- vai ser em Vera no próximo dia 11. O pistoleiro Charles Rosa (assassino confesso) chegou na casa do vereador e Keila foi atender. Ele pediu um copo de água com a intenção de ganhar tempo e saber se o ex-vereador estava em casa. Ele invadiu a residência atirando. Augusto correu para um quarto e não foi atingido pelos disparos. Mas um tiro acertou Keila, que morreu pouco depois, no hospital. Augusto Alba estava fazendo oposição a então prefeita Izani Taffarel, irmã do fazendeiro Vimar Taffarel.

Jefferson é advogado e teve uma das mais empolgantes e polêmicas atuação em seus depoimentos nas CPIs do Mensalão e dos Correios quando depôs, acusou, defendeu-se de duros ataques e fez pesados “bombardeios”contra o governo Lula e seus aliados no esquema de distribuição de dinheiro entre deputados da base aliada para garantir apoio ao governo. O escândalo que ele detonou causou a queda do ex-ministro José Dirceu -que está na iminência de ter seu mandato de deputado cassado-, da cúpula do PT, diretores de estatais, Banco do Brasil e outros órgãos onde havia evidências de corrupção. Pelo menos 3 deputados federais renunciaram depois que Jefferson fez denúncias e há uma lista de mais 11 que podem perder seus mandatos

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