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Banco do Brasil desviou R$ 10 mi para PT, diz Serraglio

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O relator da CPI dos Correios, Osmar Serraglio (PMDB-PR), afirmou nesta quinta-feira ter encontrado a primeira fonte dos recursos que abasteceram o chamado “valerioduto”. Serraglio disse que o Banco do Brasil desviou R$ 10 milhões para o PT por meio de verbas de publicidade da Visanet, empresa que tem participação acionária do BB.

A CPI investigou que, em 2004, o BB depositou R$ 35 milhões na conta da DNA, agência do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, apontado como o operador financeiro do “valerioduto”.

O dinheiro fazia parte de uma antecipação de serviços de publicidade que seriam prestados pela DNA em campanhas da Visanet. Os recursos recebidos pela DNA foram posteriormente depositados no Banco do Brasil por meio de aplicação financeira.

Uma semana depois de Valério ter feito a aplicação no BB, a agência DNA transferiu R$ 10 milhões para o BMG (Banco de Minas Gerais). Depois de quatro dias dessa transferência, o BMG aprovou um empréstimo no mesmo valor – R$ 10 milhões — para a empresa Rogério Lanza Tolentino e Associados, que tem a participação de Marcos Valério.Esse montante já constava da lista de empréstimos que teriam sido feitos por Valério e repassados ao PT.

“Não estou asseverando nenhum juízo de valor em relação ao BMG. Ele foi só um instrumento. Houve intencionalmente um direcionamento de R 10 milhões para o PT”, disse Serraglio.

Dos R$ 35 milhões que foram antecipados à DNA, R$ 9,095 milhões não têm comprovação de que foi usado em serviço de publicidade. Esse dinheiro seria, portanto, a fonte do empréstimo feito a Marcos Valério e posteriormente repassado ao PT.

O principal responsável pela irregularidade com o dinheiro público do BB, na opinião dos investigadores, foi o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, que assinou documentos que permitiam a antecipação de recursos para as agências de publicidade.

A oposição considera que essa é a prova de que o PT, por intermédio do ex-tesoureiro Delúbio Soares, atuava em órgãos do governo federal para desviar recursos públicos para o valerioduto. “Isso é corrupção, é formação de quadrilha”, afirmou o deputado Eduardo Paes (PSDB-RJ).

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