O fiscal Ari Garcia, ex-chefe da Exatoria de Fazenda de Sinop, conseguiu habeas corpus no Tribunal de Justiça de Mato Grosso. Ele estava foragido há cerca de 35 dias, quando foi desencadeada a Operação Quimera, que resultou na prisão de 10 fiscais da Secretaria Estadual de Fazenda, acusados de envolvimento em esquemas de fraudes do ICMs, beneficiando empresas com o não lançamento das terceiras vias no sistema do Governo do Estadual e deixando de pagar impostos. Em troca, os fiscais, segundo o Ministério Público, recebiam propinas. O rombo para o Estado passaria de R$ 400 milhões.
Um promotor do GAECO- Grupo de Apoio e Combate ao Crime Organizado- chegou a fechar por algumas horas o hotel de Ari Garcia, em Sinop, e fez a apreensão de alguns documentos, cujo conteúdo não foi informado. Havia mandado de prisão contra ele e pelo menos outros 5 fiscais. Um empresário em Sorriso e outro em Lucas do Rio Verde, conforme Só Notícias já informou, foram presos assim que a operação foi deflagrada e responderão processo em liberdade. No sítio de um fiscal, em Rondonópolis, foram apreendidas cópias de inúmeras terceiras vias de notas fiscais, comprovando o esquema de corrupção.
O habeas corpus do ex-chefe da Exatoria de Fazenda de Sinop foi solicitado pelo advogado Claudio Alves Pereira e concedido pelo juiz Rondon Bassil, considerando que o acusado é primário e tem bons antecedentes. “Ele responderá processo em liberdade e estamos aguardando que ele seja citado para que se apresente em juízo e preste todas as informações necessárias”, disse o advogado, ao Só Notícias.
Ari e os demais fiscais que estão na mira do GAECO foram afastados de suas funções pela Secretaria Estadual de Fazenda.