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Deputados do Nortão questionam atuação do Ibama

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Os deputados da bancada do norte na Assembléia Legislativa ocuparam boa parte da sessão desta quinta-feira para registrar seu descontentamento com a superintendência de Mato Grosso do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Mais uma operação da Polícia Federal foi deflagrada (Ouro verde), prendendo empresários envolvidos com falsificação de Autorização para Transporte de Produtos Florestais (ATPF), e o setor novamente foi prejudicado. A liberação de ATPFs está suspensa por 30 dias (menos para Mato Grosso). A revolta dos parlamentares se justifica pelo fato da região norte ter a economia baseada na madeira.

O setor já havia sofrido um baque desde a operação Curupira, em junho passado, que desvendou um esquema de fraudes dentro do Ibama para transporte ilegal de madeira. Toda a documentação necessária ao comércio e transporte da madeira, que já era demorada, ficou pior. E os deputados estão sendo cobrados pela população da região. Irritado com a situação, o primeiro secretário da Assembléia, José Riva (PP), na tribuna, ameaçou inclusive reavaliar sua posição política na Casa caso o setor madeireiro continue sendo penalizado.

“Deve se prender a pessoa que estava falsificando as ATPFs. Agora, penalizar o setor eu não vou aceitar”, reclamou Riva. Para ele, é uma falta de respeito com os madeireiros que trabalham na legalidade. O deputado argumentou ainda que o Ibama é o culpado de todos esses problemas, pois dificultou os planos de manejo e com teria levado alguns madeireiros para a ilegalidade.

Contudo, Riva frisou não defender nada ilegal. Ele defende que quem estiver errado seja punido, mas não estender a punição a todos. “O governo do PT tem uma mania de nivelar tudo por baixo, não pode assim. E esse gerente do Ibama que está aqui em Mato Grosso não decide nada, é inerte, toda conversa que temos com ele não caminha”, atacou. O parlamentar argumentou que a única esperança é que a Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) assuma logo as atribuições pela liberação de documentos.

O deputado Dilceu Dal’Bosco (PFL) também classificou a gerência do Ibama no Estado de “incompetente e inoperante”. Ele lembrou que no escritório de Sinop estão emperrados mais de 200 planos de manejo desde o início do ano. “Só quatro foram liberados, apesar de mais de 100 não terem qualquer problema”, pontuou. O pefelista reforçou não estar querendo nada ilegal, mas somente que se cumpra a lei. “Nós respeitamos a lei”, garantiu.

Depois da operação Curupira, que prendeu mais de 100 pessoas, entre empresários, servidores do Ibama e da extinta Fema, o governo do Estado assinou um acordo de cooperação com o Ministério do Meio Ambiente para assumir algumas das atribuições que hoje são do Ibama. Isso está marcada para acontece a partir do dia 1º de novembro. Os deputados acreditam que assim a situação do setor madeireiro possa melhorar.

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