O ex-presidente da Imprensa Oficial de Mato Grosso (Iomat), Cláudio Pires, vai continuar preso no Presídio do Carumbé, em Cuiabá. O juiz-auxiliar do Tribunal de Justiça, Círio Miotto, negou pedido de relaxamento de prisão feito através do seu advogado, que deverá tentar novos recursos. A defesa de Cláudio Pires vai continuar alegando o fato de o acusado ter residência fixa e ser réu primário.
Cláudio Pires foi preso na tarde de sexta-feira e depois de prestar depoimento foi levado para o Carumbé. Ele é acusado de fraude, peculato e lavagem de dinheiro enquanto esteve a frente da Iomat. Pires deixou o órgão em agosto e as informações levantadas pela Delegacia Fazendária indicam o desvio de aproximadamente R$ 120 mil, através do esquema de baixa em valores que haviam sido desviados para uma conta pessoal.
O dinheiro vinha das chamadas captadoras de anúncios, empresas que prestam serviço para prefeituras do interior que precisam fazer publicações na Imprensa Oficial. Essas empresas intermediam as publicações, como agências. A ex-diretora Administrativa e Financeira da Iomat, Dilma Mota Cursino, era quem operacionalizava todo o processo. Ela foi demitida em agosto, logo após a conclusão da audoitoria. Dilma, com quem o dinheiro foi encontrado, dava baixa no débito, como se o dinheiro realmente tivesse entrado na conta da Iomat.