O novo gerente-executivo do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) em Mato Grosso e ex-gerente em Santarém (PA), Paulo Fernando Maier Souza, negou hoje, em depoimento na CPI da Biopirataria da Câmara dos Deputados, as acusações de que o órgão tivesse sido conivente com o transporte ilegal de madeira no Pará. Segundo Souza, o órgão reforçou a fiscalização após tomar conhecimento de que caminhões do setor madeireiro circulavam na região com um adesivo contendo a inscrição “Empresa oPTante do Plano Safra Legal 2004”. De acordo com denúncias recebidas pela CPI, esse adesivo seria um salvo-conduto para o transporte de madeira, substituindo ilegalmente as Autorizações para Transporte de Produtos Florestais (ATPFs).
Na audiência da CPI, encerrada há pouco, o representante do Ibama disse que as operações de fiscalização ocorridas após a denúncia resultaram na apreensão de grande quantidade de madeira ilegal. Ele ressaltou que, apesar do esforço do Ibama, é impossível fiscalizar todas as madeireiras.
Souza também rebateu as acusações de que participou de reuniões entre empresários e assentados para viabilizar o transporte ilegal de madeira.