O governador Blairo Maggi saiu quase no meio da tarde desta terça-feira da sede da Federação da Agricultura de Mato Grosso (Famato), respirando aliviado. Depois de protagonizar um constrangimento partidário, ao não oferecer uma resposta direta a grande cúpula nacional do PFL, sobre sua filiação, Maggi conseguiu avançar no projeto da reeleição do jeito que pensava, ou seja, firmando uma base sólida: arrancou do PFL e do PP a declaração – “se precisar até por escrito” – de que vão estar juntos no ano que vem. Está reeditada a aliança “Mato Grosso Mais Forte” que o elegeu governador.
Foram mais de 3 horas e meia de reunião a portas fechadas. A base do encontro – que reuniu Maggi, Roberto França, Percival Muniz, José Riva, Jonas Pinheiro, Mauro Savi, Carlos Brito, Jaime Campos, Eliene Lima, Chico Daltro – foi a análise da pesquisa do Ibope, contratada para avaliar o Governo e indicar os rumos partidários para 2006. E com base nos dados, acabaram enveredando para a formulação de um entendimento que fará com que os três partidos sigam juntos até suas respectivas convenções, que resgatará a figura jurídica da aliança.
“A questão partidária de sair ou não sair do PPS ficou em segundo plano” – disse o governador Maggi à saída do encontro, visivelmente animado com os números e com as deliberações. “Estamos todos coesos numa eleição e isso é fundamental. A idéia é de que os partidos continuem conversando e aparando as arestas”. A maior preocupação neste momento é quanto aos possíveis vetos, como, por exemplo, do PPS a uma aliança do PFL, conforme já manifestado anteriormente pelo presidente do Diretório Nacional do partido e pré-candidato a presidente da República, Roberto Freire. Da mesma forma, do PPS local ao PP, numa contenda recente, ocorrida entre Percival Muniz e o deputado Pedro Henry.
Pelos números, conforme 24 Horas News antecipou com exclusividade, Maggi deve ficar no PPS. Mas o governador mesmo não se anima muito com essa idéia em função da verticalização: se a tese prevalecer para as eleições do ano que vem, o governador teme que sua candidatura fique “engessada” pela eventual candidatura de Freire a presidente. O PPS não conquistaria aliado e não teria espaço na TV. Maggi insiste que o PPS flexibilize a questão regional e a proposta vai ser levada novamente para a reunião do dia 29.
Com o comprometimento das lideranças partidárias de afinamento com a reeleição de Maggi, portanto, a mudança de partido agora vai cair para o tempo. Pelas regras atuais, Maggi tem até o final de setembro para dizer que caminho vai seguir. Essa regra, porém, pode mudar muito. Em Brasília, já tramita uma proposta que joga para 31 de dezembro o prazo limite de filiação para quem quer ser candidato. Congressistas, segundo relatou o deputado federal Pedro Henry ao presidente do PPS em Mato Grosso, Roberto França, pensam em fechar as CPIs até o final de setembro punindo quem tem que ser punido. De setembro a dezembro, seria votada a reforma política. Mas são apenas teses em tramitação. Por hoje, Maggi está no PPS, fica no PPS pela vontade popular e ainda tem o apoio que precisava. E se sair do PPS, continuará com o mesmo apoio.
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PFL, PP e PPS firmam acordo para apoiar reeleição de Blairo
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