Uma sensação de “incapacidade” pairou sobre várias pessoas que acompanharam o discurso de Blairo Maggi na noite de ontem nas dependências do CTG Clube de Alta Floresta. Maggi chegou por volta das 19 horas e ouviu diversos pronunciamentos antes falar aos presentes. Ele acompanhou atentamente a fala da prefeita Maria Izaura Dias Alfonso, e ouviu dela a reclamação que por causa da crise imposta apartir da Operação Curupira, que paralisou toda a indústria Madeireira no estado de Mato Grosso e que causou grande impacto social em toda a região, a região está sofrendo sérias consequências.
Na hora de seu discurso, Blairo Maggi revelou, inicialmente, “que não veio à Alta Floresta “para comemorar nada, para lançar obra nenhuma, não vim trazer nada”, com suas próprias palavras e revelou que a sua visita na região é para “ouvir a comunidade”. Pouco, para um governador que demorou seis meses para vir à Alta Floresta.
Maggi conclamou aos matogrossenses para que trabalhem para o estado sair da crise pois, é com a arrecadação que as ações acontecerão. O Estado está arrecadando 38% a menos, segundo revelou.
Maggi culpou o governo federal pela crise no agronegócios e se disse impotente para resolver o problema ambiental. No seu discurso, o governador tirou de suas costas a reponsabilidade pelo desmatamento descontrolado na Amazônia, defendeu o ex-secretário de Meio Ambiente, Moacir Pires, dizendo que pelo que há de denúncias contra ele, não será considerado culpado, “a não ser que surjam outras denúncias”, declarou, e por último respondeu algumas perguntas à comunidade.
Neste espaço de perguntas e respostas, o governador aumentou a sensação de impotência dos moradores de Alta Floresta. Maggi respondeu perguntas de representantes de setores distintos da sociedade, de ambientalista à acadêmico, mas não positivou nenhuma das indagações.
Asfalto – Quanto ao asfalto a R$ 6,00 prometido em campanha, Maggi desconversou. “Primeiro que nem sei se falei isso, mas se falei tá dito”, dizendo que, no ano que vem, fará um programa de asfaltamento urbano, no ano que vem.
Casas populares – O governador revelou que construiu 16 mil casas populares em Mato Grosso (só 48 casas em Alta Floresta) e que só não fez mais em nossa cidade porque a administração anterior “não quis fazer parceria”. Estamos no sexto mês da administração atual e sequer há licitação para construção de casas. O programa de habitação popular do governo estadual termina este ano, ou seja, se a prefeiutura não correr contra o tempo, não haverá programa habitacional do governo do estado em Alta Floresta.
Hospital “Regional”- O governador revelou que pretende transformar o hospital municipal em um hospital com “referência regional”, sem explicar exatamente o que significa isso e de quem é o custo desta “referência regional”.
O governador irá responder outras perguntas no dia de hoje, em reunião que começa em instantes nas dependências da AABB.