Seis prefeitos da região do Alto Tapajós, no Norte do Estado, manifestaram hoje, preocupação ao governador Blairo Maggi, quanto à paralisação das atividades madeireiras, responsáveis por 70% da arrecadação e seis mil empregos direto nos municípios de Paraníta, Nova Bandeirantes, Apiacás, Alta Floresta, Nova Monte Verde e Carlinda.
Os gestores municipais solicitaram intercessão do Governo junto à Fema (Fundação do Meio Ambiente) e ao Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Renováveis) em relação ao atendimento às indústrias, no sentido de evitar demissão em massa e a falência dos municípios que dependem do setor.
“Estamos muito apreensivos com toda essa situação envolvendo as questões ambientais. Mas, o setor é forte em nossa região, movimenta a economia dos municípios. As indústrias legalizadas e regulares não podem ser penalizadas pelas irregularidades de algumas madeireiras, sob pena de termos um grande problema social”, afirmou o representante da União dos Municípios do Alto Tapajós (Umat), Pedro Alcântara, prefeito de Paranaíta.
Suspeitas de corrupção na Fema fizeram o Governo do Estado suspender o atendimento ao público por 10 dias para investigar as denúncias. Sob intervenção, o Ibama suspendeu as liberações das ATPFs (Autorização de Transportes de Produtos Florestais) por 40 dias, documento necessário para a exportação e o transporte de madeiras.
O governador entende a situação dos municípios, mas adianta que quanto à Fema o prazo tem de ser respeitado, porque é uma medida administrativa. Em relação ao Ibama, vai solicitar uma reunião com o interventor do Ibama para esclarecer as questões legais das ATPFs.
Os prefeitos também reivindicaram mais recursos para o transporte escolar, a reforma de maquinários a ser usados na pavimentação de rodovias estaduais e municipais, e a aquisição de medicamentos.
Maggi afirmou que vai encaminhar as solicitações às secretarias responsáveis para que sejam analisadas e, posteriormente, atendidas no que for possível.
“Ficamos muito satisfeitos com o resultado da reunião. O governador já fez em dois anos por nossa região, o que ninguém fez em 20 anos. No meu município, por exemplo, (Paranaíta), levou o projeto Nossa Terra Nossa Gente que entregou casas no campo a 50 famílias, construiu pontes entre outras. Mas, nossa demanda é grande e precisamos do apóio dele (Blairo Maggi)”, ponderou Alcântara.
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Prefeitos do Nortão preocupados com suspensão de guias para madeireiras
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