O secretário estadual de Indústria e Comércio, Alexandre Furlan, deve ser investigado pela Polícia Federal na Operação Curupira. A informação está na edição da Revista Época ao explicar que o nome de Furlan surge em uma conversa entre Leonardo de Oliveira e Evandro Trevisan, sócios da madeireira Tecamat, presos por pagamento de propina para liberação de projetos. A escuta foi feita pela Polícia Federal e o teor da conversa está em poder do Ministério Público.
A conversa foi gravada no dia 12 de janeiro deste ano. No telefonema, os madeireiros discutem estratégias para conseguir resolver problemas junto ao governo federal em Brasília. “Tem que falar com o Furlan”, diz Evandro, referindo-se a Alexandre.
Evandro afirma que Furlan teria recebido comissão para liberar um projeto embargado pelo Ibama. “Ninguém aqui do Ibama entende como conseguiram abrir. Tiveram de chegar no (Alexandre) Furlan aqui, dar uma bolinha, uma participação. Foi uma ligação para Brasília e estava reaberto”.
O Ministério Público não indiciou Alexandre Furlan porque seu nome foi citado em conversa de terceiros, mas as investigações continuam.
Alexandre disse que nunca ligou para o ministro Furlan para tratar desse ou de qualquer outro assunto de Mato Grosso. “Não tenho nada a ver com essa história”, afirma.