O diretor de Florestas, Antônio Hummel, está preso na Superintendência da Polícia Federal e deve ser levado a Cuiabá para prestar depoimentos. Ele chegou de viagem e se apresentou espontaneamente à PF.
Hummel teve a prisão preventiva pedida pelo Ministério Público, junto com outras 40 pessoas suspeitas de participar do esquema de corrupção no Mato Grosso que garantia a exploração e venda de madeira ilegal. O nome de Hummel não estava entre os 89 mandados de prisão contra empresários e funcionários do Ibama cumpridos pela Polícia Federal na Operação Curupira.
O diretor, um funcionário de carreira do Ibama, é acusado de autorizar ilegalmente planos de manejo e de exploração florestal em áreas indígenas e de conservação ambiental permanente. O juiz Julier Sebastião da Silva, que decretou a prisão temporária, argumenta ainda que as interceptações telefônicas realizadas nas investigações demonstram “proximidade de relação” entre Hummel e os investigados Alex Leonardo de Oliveria e Evandro Vieira Trevisan acusados de “gerar créditos de reposição florestal inexistentes”
Egresso do extinto IBDF, Hummel está no Ibama desde a sua fundação, somando 23 anos de carreira. Ele foi afastado do cargo de diretor, nesta manhã, pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e responderá a processo administrativo no Ibama.