O suplente Clóvis Roberto (sem partido) assumiu uma vaga de deputado estadual na última quinta-feira na Assembléia Legislativa e já avisou que fará parte da base do governo. No dia em que assumiu ele ainda fazia parte do PSDB, mas esta semana entregou sua carta de desfiliação ao partido.
O deputado ainda não sabe para qual sigla migrará, mas deve decidir até setembro, prazo limite estabelecido pela Justiça Eleitoral para os futuros candidatos estarem filiados a uma agremiação. Clóvis ficará na Assembléia por 121 dias, cobrindo a licença do deputado Pedro Satélite (PPS).
Sobre apoiar o governo, Clóvis argumentou que dá para sentir na população o desejo de que os parlamentares dêem sustentação ao Executivo. “Não posso ir contra o povo. Eu sou a favor de Mato Grosso. E o governo tem realizado muitas obras importantes, tem feito muito na infra-estrutura, na saúde e no social. A gente vê a preocupação do governo, coisa que há muito não se via em Mato Grosso”, destacou.
Contudo, o deputado ressaltou que ainda há reparos por se fazer. Como na área da segurança, por exemplo. É nesse sentido, que Clóvis pretende trabalhar nos quatro meses, em que estiver na Assembléia. Ele adiantou que irá apresentar um projeto que torne obrigatório o ensino cívico-religioso nas escolas, principalmente no ensino fundamental. Segundo o parlamentar, a violência começou a crescer entre os jovens quando essas matérias foram retiradas do currículo escolar.
De acordo com Clóvis, muitas crianças têm casa para morar, mas isso não significa um lar propriamente dito, com família constituída e valores passados de pai para filho.
A escola então teria que suprir essa lacuna. O deputado defende que as crianças devam crescer com valores morais, éticos e religiosos para se tornarem cidadãos de bem. O projeto prevê também que seja respeitada a orientação religiosa recebida em casa. Ou seja, só será ensinada na escola a religião definida pelos pais.