O governador Blairo Maggi mandou de novo lenha na fogueira da sucessão e mostrou-se mesmo encorajado a promover a costura de uma verdadeira colcha de retalho para sustentar o projeto da reeleição. Nesta terça-feira, ele disse que ainda não está demovido da idéia de apoiar o presidente Lula a reeleição – o que indica uma aliança com o PT e, conseqüentemente, afastamento do PFL.
Atuando como uma espécie de guru político do governador, o senador Jonas Pinheiro (PFL) chegou a mencionar que Maggi já teria deixado para trás a idéia de se aliar ao PT no ano que vem. Pinheiro, assim como outros exponentes pefelistas, chegaram a dizer que o apoio de Maggi ao presidente Lula significava o rompimento total da aliança que elegeu o governador. Maggi sinalizou, por sua vez, que quer manter o PFL como aliado preferencial, juntamente com o PP.
Maggi nunca escondeu que não deseja enfrentar o PT em 2006. A ponto de ainda em 2002 ter fechado uma espécie de pré-aliança com o presidente Lula, no segundo turno das eleições. Tanto que chegou a pensar em migrar de partido para seguir numa composição que pudesse permitir estar no mesmo palanque que o presidente. Essa hipótese, aliás, sequer foi esgotada. Maggi disse hoje que está apenas esperando a decisão do Congresso Nacional sobre a verticalização. Um dos partidos que poderá abrigar Maggi é o PSB. “Eu não conversei com ninguém. Estou esperando as coisas acontecerem pra poder tomar uma decisão” – afirmou.
O governador aproveitou para badalar suas opiniões. Uma delas é de que não acredita na possibilidade de o procurador da República, José Pedro Taques, vir a ser candidato nas próximas eleições. Maggi lembrou que Taques precisa se demitir do cargo no Ministério Público Federal. Apesar disso, afirmou que o procurador seria um bom nome para qualquer composição política.