O secretário de Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema), Marcos Machado, voltou a criticar nesta sexta-feira , a postura de algumas organizações não governamentais (Ongs) em relação a divulgação dos dados sobre desmatamentos no Estado. De acordo com o secretário os ambientalistas insistem em generalizar os números, não separando o desmatamento autorizado, do desmatamento ilegal. Esta postura, segundo Machado, prejudica as ações desenvolvidas pelo Estado e tira a credibilidade da informação prestada pelas ongs.
O secretário defende mais uma vez o trabalho de parceria e a checagem da informação antes da sua divulgação para a opinião pública. “Imazon, ICV e outras entidades são parceiras oficais da Sema. Assinaram Termo de Cooperação Técnica com o orgão ambiental estadual para um trabalho conjunto, mas na hora de analisar dados sobre desmatamentos usam números distorcidos, tiram suas próprias conclusões sem sequer checar as informações junto à Sema. Este tipo de postura só prejudica o trabalho realizado pela secretaria e confunde a opinião pública. No último dado divulgado pelo Imazon, por exemplo, houve precipItação e equÍvoco técnico. Chego a conclusão que ou se trata de desonestidade intectual ou falta de ética institucional” , criticou Marcos Machado.
O titular da Sema lembra que nem tudo que se verifica sobre derrubada no estado é efetivamente desmatamento ilegal. “Todos sabem que Mato Grosso é um estado com vocação agrÍcola e o desmatamento, em vários casos, são autorizados pela Sema e pelo Ibama; tudo é claro dentro dos procedimentos legais e viabilidade técnica. Equilibrar desenvolvimento e sustentabilidade é o desafio do Governo e nós, da Sema, temos feito a nossa parte. Quanto aos desmatamentos ilegais, contamos hoje com os mais avançados equipamentos de identificação e temos atuado com rigor na responsabilização dos infratores. Portanto, é preciso analisar com cuidado e correção os números, saber separar o que é desmatamento autorização e o ilegal” alertou o secretário.
Marcos Machado, que se despede da Sema após cinco anos de participação no Governo (atuou em outras quatro secretarias), disse acreditar num melhor resultado da parceria entre a secretaria e as organizações não governamentais no ano que vem. “Espero que em 2007 a parceria aponte erros e sugira correções, e que seja abolida a prática da critica para vender a falsa prestação de serviço ambiental para americanos e europeus”, concluiu.