A bancada de Mato Grosso no Congresso Nacional está dividida em relação ao aumento proposto pelas mesas da Câmara Federal e do Senado de 91% aos parlamentares e que foi rejeitado pelo Supremo Tribunal Federal. Pesquisa feita pelo site Congresso em Foco mostra que apenas os parlamentares do PT mato-grossense, Carlos Abicalil, deputado federal e Serys Marli, senadora e a deputada federal Thelma de Oliveira, PSDB, se posicionaram contra a decisão de aumento tão alto e considerado abusivo pela sociedade brasileira. Já o senador Jonas Pinheiro, do PFL, se disse a favor do aumento alegando que o último aumento que teve foi em 2003.
O salário de R$ 24.500 foi rejeitado pelo Supremo Tribunal Federal atendendo a uma solicitação de três partidos, entre eles o PPS que o considerou abusivo. Ao rejeitar a benesse dos parlamentares os ministros disseram que o aumento só poderia valer a partir de 2010. Os deputados e senadores prometem para hoje a apresentação de uma lei que permita o aumentos de seus próprios vencimentos. Em Brasília fala-se que este amento seria menos generoso, na ordem de 28% passando dos atuais R$ 12 mil para R$ 16.500,00, portanto menor que 91% concedidos semana passada e que elevariam os salários para R$ 24.500,00 fora os valores recebidos como verbas de gabinete, passagens, alimentação, moradia e outras mordomias.
Dois oito parlamentares mato-grossenses, os petistas Carlos Abicalil e Serys Marli que vão para seus segundos mandatos se mostraram totalmente contrários ao aumento de 91%. Concluiram que era abusivo e iria contra as propostas petistas em relação ao salário mínimo.
Mas se os petistas foram contra, o senador Jonas Pinheiro, PFL não escondeu que era a favor e vai trabalhar durante toda esta quarta-feira no Congresso para ajudar a manter o aumento de 91%. Esta proposta além de favorecer o senador favorece também sua esposa, deputada federal Celcita Pinheiro que por ter se elegido nas eleições de primeiro de outubro ganharia uma aposentadoria de R$ 24.500,00, mesmo tendo atuada como parlamentar por apenas duas legislaturas, ou seja só oito anos de trabalho.
Os demais parlamentares mato-grossense procurados para dar suas opiniões sobre o aumento de 91% procuraram ficar neutros. Nenhum quis tecer qualquer tipo de comentário.
Nesta quarta-feira os oito deputados mato-grossenses e os três senadores estarão em Brasília envolvidos na discussão do novo aumento será em voto aberto.