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Origem do dinheiro para compra de dossiê não foi identificada por CPI

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O relatório final da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Sanguessugas não identificou a origem do dinheiro encontrado com Gedimar Passos e Valdebran Padilha.

Em setembro, a Polícia Federal prendeu com eles cerca de R$ 1,7 milhão, parte em reais (1,1 milhão) e parte em dólares (248,8 mil), que seria utilizado na compra de um dossiê sobre o suposto envolvimento de políticos do PSDB no esquema de compra superfaturada de ambulâncias com recursos do Orçamento.

De acordo com relatório do senador Amir Lando (PMDB-RO), não há até o momento “dados conclusivos quanto a quem teria custeado aqueles recursos, ou ainda se os valores eram ou não fruto de “caixa 2″ eleitoral”. O documento aponta que pelo menos U$ 75 mil teria vindo da casa de câmbio Vicatur, na Baixada Fluminense, “que reconhecidamente utilizou-se de terceiros em nome dos quais formalizou a operação de venda da moeda estrangeira”.

Lando afirma no relatório que em relação aos reais, a princípio apenas R$ 25 mil possuíam alguma identificação, sendo que R$ 5 mil possuíam a fita do Banco Safra, outros R$ 5 mil da agência do Bank Boston na Lapa (RJ), e R$ 15 mil do Bradesco da Barra Funda. Segundo o relator, um grande complicador é que grande parte do dinheiro encontrado apresentava-se em notas velhas, sem seqüenciamento de número de ordem e sem identificação de instituição financeira.

O relatório aponta a existência de pistas que levariam a crer que parte do dinheiro, especialmente as cédulas de menor valor, sejam originárias do jogo do bicho, especialmente de bancas em Campo Grande e Caxias, no Rio de Janeiro.

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