Com o tema ‘Vantagens Competitivas do Estado de Mato Grosso’, o economista Luiz Antônio Pagot abrirá em Lucas do Rio Verde, amanhã, às 8h30m, o ‘Workshop sobre Comércio Exterior e Políticas de Desenvolvimento Econômico’, o último do ano de 2006. Os workshops, pautados numa linguagem uniforme, direcionada ao empresariado, em geral, foram realizados com o objetivo de despertar o empreendedorismo nos diversos pólos de produção do território mato-grossense.
Na seqüência, Vivaldo Lopes, consultor da Fundação Getúlio Vargas, abordará as ‘Tendências Econômicas de Mato Grosso’. O evento será no auditório da Univerde, na avenida Universitária, 2002, bairro Bandeirantes. Já Manuel Gomes da Silva, superintendente da FACMAT (Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado de Mato Grosso), discorrerá na sua palestra sobre ‘O Papel do Associativismo’.
No período vespertino, Fernando Kinoshita, doutor em Direito Comunitário pela Universidade Pontifícia Comillas Icade (Madri/Espanha), abre a primeira palestra. Um debate aberto se seguirá à fala de Kinoshita. O professor Vitor Galesso (Universidade de Cuiabá) proferirá a segunda palestra da tarde, abordando ‘Prática de Comércio Exterior’.
Esses workshops, que já somam 16 realizados em todo o Estado, nos dois últimos anos, decorrem de parcerias oficializadas entre governo e parceiros, públicos e privados. Os palestrantes afirmam que têm atingido os resultados almejados quando da concepção do projeto.
Integram a presente parceria para a realização do workshop em Lucas do Rio Verde Facmat, Prefeitura de Lucas do Rio Verde, Associação Comercial e Empresarial de Lucas do Rio Verde, Governo do Estado (Casa Civil), AMM, Fiemt, Sesi, Senai, IEL, Fecomércio/MT, Sesc e Senac.
Vivaldo Lopes explicou que “a idéia é fechar praticamente todos os pólos cruciais do Estado, estabelecendo-se paradigmas receptivos ao estabelecimento de novos empreendimentos no território, que a cada dia sinaliza fronteiras promissoras de desenvolvimento, a despeito das crises eventuais de mercado”.
O economista sublinha que “são barreiras perfeitamente superáveis mediante o emprego de políticas que possam ser adequadamente adotadas pelos governantes”. Lopes exemplifica dizendo que essas crises se constituem, na verdade, de ‘meros desafios a serem transpostos’. “O pensamento ideal começa justamente por aí: não se curvar submisso às imposições que tentam atravancar qualquer projeto empreendedor que foi concebido ou tão somente delineado em bases concretas e com excelentes perspectivas de acerto”.
Experiente, ele ainda observou que é preciso que qualquer empreendimento, simples ou de caráter complexo, estruturalmente gigantesco, tenha uma conotação explícita de otimismo desde suas raízes. “É um dos fatores essenciais para o sucesso das empreitadas que muitos se propõem a realizar e que surgem no mercado competitivo, aqui e no mercado exterior”.
O mercado mato-grossense começa a ser hoje um dos moldes referenciais para se apostar com segurança em investimentos que possibilitem a consolidação de metas voltadas a um intercâmbio dos nossos produtos no mercado internacional. “Mato Grosso é um dos estados que se mantém forte graças, também, à exploração agropecuária, superando as eventuais crises no segmento, o que poderia ser um fator desanimador para novos empreendimentos. Mas não é o que acontece, na prática”.
Conforme o economista Luiz Antônio Pagot, considerado o ‘Pai do Projeto Empreendedor dos Novos Tempos em Mato Grosso’, o desafio de transpor barreiras termina sendo o principal impulso para que novas idéias se fixem no cenário dos investimentos tradicionais, facultando avanços até então impensados ao comodismo de mercado que vinha – ou ainda vem – sendo adotado por alguns grupos empreendedores. “Ou nem podemos chamá-los assim, pois não se concebe recuos ou estagnação de projetos diante da oferta ilimitada de ousadia que qualquer segmento comercial normalmente dispõe àqueles com vontade de investir e se superar”.
Luiz Antônio Pagot explica que as situações de peso crítico devem ser confrontadas com uma linha de ações que terminará infalivelmente debilitando e neutralizando o eixo desagregador de novos empreendimentos. Este é um posicionamento que tem sido enfatizado nas palestras, de uma forma em geral. “Fazemos uma espécie de radiografia contextual sobre o Estado, centrada ainda nas perspectivas de âmbito regional e os respectivos reflexos das ações desencadeadas País afora”.
É vital no seu entendimento, que Mato Grosso ‘mostre a sua cara e sua marca’ abertamente. “O Estado tem emitido sinalizações favoráveis às demandas detectadas pelos que almejam sair de um ‘lugar comum’ e se posicionar entre aqueles que conquistam espaços destacados e graduados no segmento comercial”. Segundo Pagot, isso significa “acreditar potencialmente na sua eficiência produtiva e exportadora, apostando sem hesitações em iniciativas com ramificações comerciais no exterior”.