A paralisação das atividades da empresa Nordeste, dona da concessão para explorar o transporte coletivo em Alta Floresta, tem gerado muitos transtornos para a população. Um grande número de pessoas depende diretamente do serviço para chegar e retornar do trabalho, ou ainda ir para outras atividades nos mais variados setores da zona urbana.
O assunto foi alvo de discurso na Câmara Municipal, nesta semana. O primeiro-secretário, Bernardo Patrício (Sem partido) relatou que o caso é, no mínimo, uma falta de respeito para com o cidadão. “O povo quer respostas, pois não pode ficar de um lado a outro a pé”, disse.
Francisco Militão (PDT), líder da prefeita Maria Izaura no Poder Legislativo, afirmou que o assunto é polêmico e gera grandes problemas. “O povo reclama com razão”, comentou. O vereador fez um relato sobre a situação e lembrou que a empresa Nordeste já teve o mesmo problema ano passado, quando, através de uma liminar dada pela Justiça, perdeu o direito de fazer o transporte coletivo.
A empresa Nordeste, para cumprir algumas exigências da lei, chegou a fazer contrato com outra empresa, que colocou dois ônibus com ar-condicionado na cidade, mas parou os serviços recentemente. Conforme Militão, a prefeitura está tentando cassar a concessão da Nordeste. “Se o juiz entender que quem está sendo prejudicado é a população e der liminar favorável, a prefeitura tem condições de colocar uma empresa de forma provisória e fazer nova licitação de tal forma que quem ganhar atenda e não cometa os mesmos erros”, revelou.
No momento, tanto a população quanto os vereadores e a prefeitura aguardam uma posição do Poder Judiciário. “A população está sendo penalizada numa época complicada, principalmente por estarmos em período de chuva e de fim de ano, quando o movimento na área comercial tende a aumentar”, explica ele. Um veículo para o transporte alternativo foi cobrado e o vereador afirmou que a prefeitura depende de aval da Justiça para não ser penalizada.