PUBLICIDADE

Ensino profissional pode ser opção para evasão escolar

PUBLICIDADE

Um encontro com cerca de 1,5 mil participantes debate, na capital federal, o futuro do ensino profissionalizante no país. Atualmente, apenas 10% dos jovens conseguem concluir o ensino médio e ingressar numa universidade. Com isso, o ensino profissional, voltado para o mercado de trabalho, pode ser uma saída para a qualificação e a evasão escolar. O assunto é discutido na 1ª Conferência Nacional de Educação Profissional e Tecnológica, que se realiza até quarta-feira (8).

Hoje, o ministro da Educação, Fernando Haddad, propôs alternativas para melhorar o assunto: a criação de programas de educação no ambiente de trabalho, educação profissionalizante para estudantes a partir da quinta série do ensino fundamental, a integração do ensino médio esteja integrado à educação profissional e a destinação de parte das contribuições sociais para financiar o ensino profissional dentro do Sistema S (Sesi, Senac, Senai, entre outras instituições).

Para o ministro, essa seria uma forma de reduzir a evasão escolar. Haddad lembrou que dois milhões de jovens entre 15 e 17 anos estão fora da escola. “A maioria deles por não conseguir relacionar a permanência na escola com o futuro profissional”, disse.

No caso da contribuição do Sistema S, Haddad explicou que a proposta destinaria até 30% dos recursos das contribuições sociais das empresas ao sistema para cursos profissionalizantes, gratuitos, a alunos do ensino médio de escolas públicas.
Haddad explicou que a idéia será analisada durante a conferência e, se aprovada pelos participantes, será incluída em documento que vai nortear as ações do Ministério da Educação na próxima legislatura. Isso porque a proposta necessita de apoio do Congresso Nacional e do Sistema S para que a legislação seja modificada.

“Isso vai exigir mudanças na Lei de Diretrizes e Bases no que diz respeito à educação de jovens e adultos e no ensino médio. Vai, eventualmente, exigir uma lei que regulamente a oferta de educação profissional por parte do Sistema S e, talvez, uma lei que regulamente a participação do empresariado na formação inicial de jovens de escola pública no ambiente de trabalho”, disse Haddad.

O professor de relações do trabalho da Universidade de São Paulo (USP) e consultor da Confederação Nacional da Indústria (CNI), José Pastore, não disse se considera a proposta viável, uma vez que exige mudanças na legislação. Ele afirmou, entretanto, que em vários países do mundo, onde há o sistema de formação profissional, os empresários têm participação efetiva, uma vez que conhecem quais são as tecnologias emergentes e como deve ser formada a mão-de-obra adequada à produção.

“É preciso ter foco, formando profissionais de acordo com as necessidades do mercado de trabalho. É preciso ter também agilidade, já que as tecnologias do sistema de produção mudam muito depressa, sendo necessário acompanhar isso. E em terceiro lugar, ter uma estabilidade de recurso para poder ter foco e fazer mudanças rápidas nos cursos profissionalizantes”, disse Pastore.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

Novo município no Nortão enfrenta dificuldades no 1º ano

Boa Esperança do Norte, o município mais jovem de...

Prefeito de Peixoto de Azevedo amplia horário de funcionamento de órgãos municipais

O prefeito Nilmar Paulistinha (União), de Peixoto de Azevedo,...

Mais de 5,3 mil indígenas são beneficiados pelo programa SER Família em Mato Grosso

Famílias indígenas de diversas etnias de Mato Grosso estão...

Governo Federal atualiza valor de imposto para microempreendedores individuais

O valor do imposto de arrecadação do Simples Nacional...
PUBLICIDADE