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Procuradoria pede cassação dos deputados Riva e Eliene

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A PRE (Procuradoria Regional Eleitoral) de Mato Grosso pediu nesta terça-feira a cassação dos registros das candidaturas de Eliene Lima (PP), eleito deputado federal, e José Geraldo Riva, reeleito deputado estadual (PP), por compra de votos e gastos ilícitos durante a campanha.

Segundo a representação ajuizada pelo Ministério Público Eleitoral no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de Mato Grosso, José Riva e Eliene Lima deram combustível de graça a eleitores do município de Tangará da Serra em troca de votos.

Ainda de acordo com a promotoria, os dois estiveram na cidade em 27 de agosto. Por volta das 17h30, cerca de uma centena de carros e motocicletas aguardavam em fila para abastecer no Posto Galli Galli. A distribuição do combustível teria sido negociada pelo coordenador de campanha dos candidatos na região, Ronaldo da Silva Alves Bastos.

Cada carro era abastecido com 12 litros de combustível e as motocicletas com cinco litros, ao som dos jingles de campanha dos dois candidatos. Ao todo foram distribuídos quase mil litros de combustível.

No mesmo dia, também foi oferecido um jantar no Tangará Tênis Clube com churrasco e bebidas à vontade. No local do evento, foi feita propaganda eleitoral com cartazes e banners dos candidatos, além de discurso de mais de meia hora de José Riva, que pediu votos para ele e para Eliene Lima.

“A manipulação da vontade do eleitor, mediante oferta ou entrega de bens e vantagens em troca de voto, não só se amolda à figura delituosa triplificada no artigo 299 do Código Eleitoral, como caracteriza infração eleitoral de especial gravidade, severamente reprimida na Lei Eleitoral”, diz a representação.

Mais acusações

José Riva ainda tem outras duas representações do MPE pedindo ao TRE-MT a cassação de seu registro. Ele também é acusado de compra de votos por meio de combustível no município de Arenápolis. Segundo o MPE, houve distribuição de 131 litros de combustível no Posto Pimenta, negociada pelo cabo eleitoral Carlos Alberto Corsini, conhecido como Pelego.

Outra irregularidade ocorreu em Santo Antônio do Leverger. De acordo com uma investigação da polícia, o coordenador de campanha de Riva no município, Edmar Gálio estaria se preparando para entregar uma quantia de três mil reais para um representante dos índios da aldeia Gomes Carneiro em troca dos votos.

Com base nessas informações, a Justiça Eleitoral expediu um mandado de busca domiciliar. Na residência de Edmar Gálio foram apreendidos R$ 2.718 em dinheiro, um cheque no valor de cem reais e vários papéis e objetos relacionados ao candidato.

Na representação, o MPE sustenta que os documentos apreendidos na residência de Edmar Gálio, onde funcionava o comitê do candidato, oferecem elementos indicativos da prática de compra de votos.

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