O PPS abrirá processo de expulsão do governador reeleito de Mato Grosso, Blairo Maggi. A expulsão será porque Blairo resolveu apoiar a reeleição de Lula não seguindo a decisão do partido que está apoiando Geraldo Alckmin. A decisão foi tomada hoje pela direção nacional do partido depois que o presidente do Tribunal Regional Eleitoral local (TRE-MT), Antônio Bitar, não aceitou a desfiliação de Maggi, protocolada pelo PPS, que recebeu e-mail do governador solicitando afastamento ou desfiliação. Nos últimos dias, Blairo recuou diante do risco de não poder ser diplomado ou empossado pelo fato de estar sem partido, conforme um advogado em Brasília cogitou, em artigo.
Na próxima terça-feira (31), a Executiva do partido se reúne em Brasília para abrir o processo. O presidente da sigla, Roberto Freire, disse que “a atitude de Maggi no episódio envolvendo Lula foi inaceitável do ponto de vista ético e indigna um político sério. O PPS não está disposto a continuar no desconforto de ter um governador como esse entre seus filiados”.
A assessoria do PPS nacional diz que Maggi pediu a desfiliação por solicitação de Freire, depois de ter saído do Palácio da Alvorada anunciando que apoiaria Lula porque o presidente liberaria recursos para seu Estado e o setor em que atua, o agronegócio. “Ele foi comprado, é um megamensaleiro e não é o queremos dentro do PPS”, reafirma Freire. Blairo rebate as acusações dizendo que não traiu ninguém e que sua decisão é coerente porque foi debatida com lideranças do agronegócio mato-grossense e porque considera o governo Lula capaz de fazer as mudanças para o setor em menor tempo.
Freire, que havia aceitado a desfiliação, enviou ao TRE comunicado de que o governador não pertencia mais ao PPS. O presidente do TRE de Mato Grosso, Antonio Bittar não aceitou justificando que “não está provido da autenticidade dos documentos que a acompanham” também, que não está de acordo com o que determina o artigo 21 da Lei 9.096/05″.
Em nota divulgada esta noite, no site do partido, o PPS diz que “está decidido a se livrar da figura incômoda de um político que trocou apoio por recursos em desacordo com a orientação da legenda, a expulsão será o caminho”.
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