O empresário Luiz Antonio Vedoin, que está preso em Cuiabá, acusado de fabricar um dossiê contra candidatos do PSDB para tentar envolvê-los no escândalo da máfia das sanguessugas (venda de ambulâncias superfaturadas) voltará a depor na Polícia Federal sobre o dossiê que estava sendo negociado com petistas por R$ 1,7 milhão.
O delegado Diógenes Curado quer ouvir Vedoin, o churrasqueiro do presidente Lula, Jorge Lorenzetti, o petista Valdebran Padilha o diretor afastado do Banco do Brasil, Expedito Veloso, devido as contradições sobre a origem do dinheiro.
No relatório parcial que divulgou esta semana, a Polícia Federal aponta, contradição: “Luiz Vedoin disse que teria sido Valdebran Padilha quem solicitou as fotos e fez os contato com o Partido dos Trabalhadores, intermediando toda a negociação. Disse também que fez contatos em Cuiabá com Gedimar Passos e Expedito Veloso porém os valores que receberia seriam provenientes da dívida que possuía com Valdebran que seria em torno de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais), nada sabendo sobre o restante”, diz o relatório parcial.
O delegado relata ainda que há mais pessoas envolvidas no caso. “As quebras de sigilo telefônico identificaram outros envolvidos e demandarão mais pedidos de cadastro de usuário e extratos telefônicos, podendo também ter por conseqüência pedidos de extratos bancários”.