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Dossiê: Polícia Federal começa a receber dados de movimentação de bancos

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O empresário Valdebran Padilha, ex-filiado ao PT, afirmou em depoimento hoje (3), na Polícia Federal de Cuiabá, que havia dinheiro na sacola entregue ao advogado do partido, Gedimar Passos, por Hamilton Lacerda, ex-coordenador de comunicação da campanha do senador Aloizio Mercadante (PT) ao governo de São Paulo. A informação é da Polícia Federal (PF).

No depoimento anterior, Padilha dissera que o dinheiro – R$ 1,7 milhão – para a compra do dossiê contra políticos do PSDB e de outros partidos havia sido entregue apenas por Gedimar Passos. Mas na última sexta-feira (29), também em depoimento na PF, Lacerda negou ter entregue a Gedimar a mala com o dinheiro: disse que na sacola havia um notebook e material de campanha, além de objetos pessoais. Essa versão foi desmentida por Padilha durante o depoimento.

Imagens das câmeras de segurança do Hotel Isis, em São Paulo, onde Gedimar e Padilha foram presos com R$ 1,7 milhões pela PF, no dia 15 de setembro, mostravam que Lacerda havia chegado com uma sacola igual à que foi encontrada com Gedimar. Na saída do hotel, no entanto, Lacerda não estava com essa sacola, de acordo com as imagens.

Sobre o dinheiro, a PF já sabe que R$ 1,1 milhão saíram dos bancos Bradesco, Safra e de Boston. O restante do dinheiro – US$ 250 mil – entrou no Brasil de forma legal, segundo as investigações da PF, que agora trabalha para descobrir quem sacou esse dinheiro.

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