PUBLICIDADE

Presidente de CPMI diz que há provas convincentes contra Serys

PUBLICIDADE

Durante exposição sobre os trabalhos de investigação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Sanguessugas ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado, nesta quarta-feira (6), o presidente da CPI Mista, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), disse que, em sua opinião, há provas convincentes de que os três senadores investigados em processos disciplinares que tramitam no conselho tenham participado do esquema de venda superfaturada de ambulâncias com recursos de emendas ao Orçamento. Os senadores Ney Suassuna (PMDB-PB), Magno Malta (PL-ES) e Serys Slhessarenko (PT-MT) foram incluídos no relatório parcial da CPI por conduta incompatível com o decoro parlamentar.
Ao falar aos membros do conselho, o presidente da CPI dos Sanguessugas também contou que o senador Ney Suassuna (PMDB-PB) havia perguntado a ele se o deputado não sabia que “90% dos parlamentares tiram uma beirada das emendas ao Orçamento”. Biscaia disse que ficou surpreso com a insinuação e respondeu que “não sabia mesmo que 90% dos parlamentares cometiam crime”.
– O senador, no entanto, em nenhum momento, confirmou se estava entre os 90% ou os 10% – esclareceu o deputado.
Ainda segundo Biscaia, esse tipo de comportamento teria sido confirmado pelo empresário Luiz Antônio Vedoin, um dos donos da Planam – empresa acusada de ser a organizadora do esquema de fraudes. Em seu depoimento à Polícia Federal, em Brasília, o empresário teria dito aos parlamentares, com ar de naturalidade, segundo Biscaia, que “é assim mesmo”. O deputado explicou que Vedoin considerou normal tal prática, pois, de acordo com o depoente, os parlamentares gastam dois ou três milhões de reais para se elegerem e precisariam, por essa razão, ser recompensados.
O presidente da CPI disse ainda que Luiz Antônio Vedoin e seu pai, Darci José Vedoin, também sócio da Planam, comprometeram-se a informar à Justiça Federal de Cuiabá e aos membros da comissão sobre quaisquer novas informações ou provas que venham a surgir, e não apenas à imprensa, como tem sido feito.
O deputado Lino Rossi (PP-MT), também investigado por suposta participação no esquema de fraudes, deveria ser o segundo depoente desta quarta-feira, mas não compareceu. O presidente do conselho, senador João Alberto Souza (PMDB-MA), informou que Rossi justificou sua ausência dizendo que está examinando os fatos a ele imputados e que irá apresentar sua defesa no momento oportuno. O deputado encaminhou ao conselho uma carta, na qual afirma ter emprestado ao senador Magno Malta o veículo que teria dado início à acusação de envolvimento de Malta com o esquema de superfaturamento de ambulâncias por meio de emendas ao Orçamento da União.
Em razão da ausência de Lino Rossi na reunião do conselho, os senadores Romeu Tuma (PFL-SP) e Demóstenes Torres (PFL-GO) levantaram a possibilidade de apresentar requerimento à CPI dos Sanguessugas para a convocação do deputado, o que possibilitaria que ele fosse conduzido de forma coercitiva à comissão, caso se negasse a comparecer.Antonio Carlos Biscaia concordou com a sugestão dos senadores, já que, como lembrou, a CPI tem poder de polícia e pode convocar Lino Rossi.
– É fundamental ouvir Lino porque a carta dele fornece provas contra Magno Malta. Não vejo como o que ele disse na carta possa beneficiar o senador – destacou Biscaia.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

Sorriso: Gerson encabeça chapa única para presidir a câmara

A eleição para a mesa diretora da câmara municipal,...
PUBLICIDADE