Voltou a funcionar na manhã desta quarta-feira, a planta da termoelétrica Pantanal Energia, em Cuiabá, com o retorno do fornecimento de gás natural da Bolívia. Ontem, com a interrupção do fornecimento, a usina havia paralisado suas atividades.
Hoje, o governo boliviano atendeu à reivindicação feita pelo Governo do Estado, via Embaixada Brasileira em La Paz e Ministério das Minas e Energia, e voltou a abastecer a usina.
Segundo os bolivianos, a redução no fornecimento de gás natural teve apenas caráter técnico, não político (para forçar reajuste das tarifas). “Eles alegaram que as fortes chuvas que têm caído na região atrapalharam o fornecimento, mas tudo já foi prontamente resolvido. Pelo menos, no momento, é esta a posição”, afirmou o secretário-chefe da Casa Civil, Antonio Kato, um dos interlocutores do governo nessa questão.
“Tudo já foi contornado rapidamente pelo Governo de MT, que tomou todas as medidas necessárias para se evitar qualquer risco de apagão no Estado”, afirmou Kato. “Ontem mesmo, fomos inteirados dessa possibilidade, a de que estaria sendo cortado o gás natural boliviano para a Capital. De imediato, entramos em contato com a Embaixada em La Paz, a fim de que fossem tomadas providências”.
O governador Blairo Maggi também conversou com o ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, recebendo garantias de que Mato Grosso não seria mais afetado.
Ainda segundo Antonio Kato, também a Argentina sofreu com a redução no fornecimento de gás natural. Na termoelétrica de Cuiabá, a redução foi da ordem de 86%. “Se a Argentina também foi afetada, as argumentações de problemas técnicos se sustentam”, disse Kato.
A termoelétrica de Cuiabá tem capacidade de geração de 480 megawatts de energia. Sua demanda diária é de 2,2 milhões de metros cúbicos de gás natural, mas o fornecimento pela Bolívia já foi diminuído para até 300 mil metros cúbicos.
O presidente da Pantanal Energia, Carlos Eduardo Baldi, se disse agradecido pela intervenção do governo estadual nessa questão, pois do contrário a usina ainda estaria paralisada. Segundo ele, porém, o ideal seria que a empresa tivesse mais garantias, por parte do Governo da Bolívia, de que o fornecimento passará a ser mais constante e suficiente.