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Comissão acompanhará censo do IBGE no Nortão

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No ano que vem, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE fará, no primeiro semestre, a contagem populacional nos municípios com até 170 mil habitantes. Em Mato Grosso, o levantamento não será feito em Cuiabá, Várzea Grande e Rondonópolis, devido ao número de habitantes ser superior ao estipulado pela pesquisa.

Como o último levantamento populacional do instituto foi alvo de criticas de lideranças políticas de várias cidades do Nortão, que discordaram dos números apresentados, este ano, o IBGE vai formar em Sinop, uma comissão censitária, com representantes do poder público e entidades que vai acompanhar todo o trabalho desenvolvido pelos recenseadores.

Nesta sexta-feira, às 19:00h, o chefe do IBGE em Sinop, Remildo Rodrigues de Souza, estará se reunindo com lideranças para formação da comissão. Ele explicou, ao Só Notícias, que o censo agropecuário e contagem populacional vai começar no dia 16 de abril do ano que vem e terminar em final de junho. Em novembro, estarão sendo abertas as inscrições para o processo seletivo que vai contratar os pesquisadores. Somente em Sinop serão 31 recenseadores, 5 supervisores e 1 agente censitário.

Sinop, a maior cidade da região e quarto maior colégio eleitoral do Estado, tem cerca de 97 mil habitantes de acordo com o último censo do IBGE. O prefeito Nilson Leitão discordou, ano passado, dos números apresentados e chegou a pedir recontagem, alegando prejuízos econômicos para o município. É baseado no número de habitantes que o Governo Federal destina os respectivos volumes de recursos para os setores de saúde, educação, assistência social, dentre outros. Em Lucas do Rio Verde também houve criticas ao trabalho do IBGE.

A preocupação das prefeituras é pelo fato que, baseado no número de habitantes, são definidos percentuais de repasse de verbas para diversos setores. O principal critério utilizado pelo Tribunal de Contas da União – TCU- , por exemplo, para definir o Fundo de Participação dos Municípios – FPM é o índice populacional. Por esse motivo, vários municípios de Mato Grosso questionam o índice na justiça alegando que a estimativa populacional realizada pelo IBGE não corresponde à realidade.

Outra reclamação constante dos prefeitos é o tempo de 10 anos entre um censo e outro. Segundo os gestores a realidade social e econômica de uma cidade sofre várias alterações durante uma década. No censo agropecuário também serão levantados os reais números de áreas cultivadas e rebanhos da região. Todas as propriedades, de pequeno, médio e grande porte serão visitadas.

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