Se ainda existe dúvida sobre quem manda de fato na parte administrativa do futebol corintiano, o técnico Geninho fez questão de ressaltar que, dentro de campo, seu comando é absoluto. Em entrevista nesta sexta-feira, o treinador explicou que o afastamento de Marcelinho Carioca e Mascherano do jogo contra o Figueirense, neste sábado, foi para mostrar aos demais atletas que o Timão “não é a casa da mãe Joana”.
“Se as medidas tiverem que ser tomadas elas serão tomadas sem privilégio para ninguém. Eu tomei a medida que achei correta para que ninguém pensasse que aqui é a casa da mãe Joana. Eles têm que saber que, em termos de futebol, alguém manda”, afirmou. “Foi uma atitude desrespeitosa, mas tenho certeza que, dentro do grupo, todo mundo respeita o meu comando. Se eu não tivesse comando, esses dois atletas jogariam amanhã (sábado)”, continuou.
Geninho explicou que não expulsou Marcelinho do treino para evitar uma confusão entre os jogadores à beira do gramado, mas considerou desleal o carrinho dado pelo meia no argentino. “A entrada do Marcelinho foi desleal e toda ação gera uma reação. A ação de um e o revide de outro ultrapassaram o limite do que eu acho natural”, considera.
“Eu tentei de todas as maneiras apaziguar a situação, mas o Mascherano teve uma reação mais intempestiva e acabou deixando o treino. Os dois estavam de cabeça quente e eu optei pelo bom senso de manter o Marcelo em campo e acabar o treino três minutos depois para dar tempo de alguém entrar no chuveiro e esfriar a cabeça”, justifica.
O treinador ainda deixou aberta a possibilidade de uma punição maior aos atletas. “A princípio eles estão afastados até segunda-feira. O caso foi encaminhado à diretoria para que tomassem medidas administrativas. Hoje eles trabalharam no mesmo ambiente e eu prefiro esperar para tomar alguma outra decisão mais definitiva”, disse.
Geninho admitiu que Mascherano e Marcelinho farão falta ao Corinthians para o duelo contra os catarinenses, mas ratificou que pensou no futuro ao afastá-los. “Analisando na parte técnica, temos uma perda substancial porque são dois jogadores de qualidade. Mas eu prefiro perder qualidade técnica em um jogo em vez de perder todo o grupo caso eu não tomasse uma decisão. Sob meu comando, as coisas não passam em branco”, concluiu.