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Parlamentares de MT reagem a pedido de cassação mandatos

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Boa parte dos parlamentares mato-grossenses, que vão enfrentar processo de cassação dos mandatos pedido pela CPI dos Sanguessugas, reagiu com indignação por terem sido incluídos na lista dos 72 denunciados por envolvimentos com a máfia das ambulâncias. Eles foram acusados pelo dono da Planam (empresa que centralizava o esquema de venda de ambulâncias superfaturadas), Luiz Vedoin, de receberem propinas em troca de emendas destinando verbas para comprar ambulâncias.
Conforme Só Notícias já informou, dentre os mato-grossenses vão responde processo por quebra decoro parlamentar, que pode culminar em cassação, os deputados Pedro Henry (PP), Ricarte de Freitas Junior (PTB), Lino Rossi (PP), Welington Fagundes (PL), Celcita Pineiro (PFL) e a senadora Serys Marli (PT).

A senadora Serys afirmou, na tribuna do Senado, que o relator da CPI dos Sanguessugas, senador Amir Lando (PMDB-RO), teria admitido que não leu o relatório de defesa entregue por ela à comissão e também à Corregedoria Parlamentar do Senado. Ela garantiu não haver provas de seu envolvimento, ou de seu genro, com a chamada “máfia das ambulâncias”. Na avaliação de Serys, interesses políticos e eleitorais poderiam estar envolvidos na sua citação no relatório parcial da comissão.
” Nunca me verguei para a bandidagem e nunca me vergarei”, – afirmou Serys, que classificou a CPI como “tribunal de exceção”.

A deputada Celcita Pinheiro (PFL) divulgou nota onde afirma estar indignada com a decisão da CPI. “Lamento o fato de não ter tido o direito à ampla defesa na CPMI, que agiu, a meu juízo, pautada por interesses outros que não a estrita apuração dos fatos.
Afirmo que a CPMI optou por abraçar a versão de réus confessos de prática de corrupção a considerar a palavra de deputados e senadores constituídos pelo voto popular, com fé pública. Não há nenhuma prova material que justifique a inclusão no meu nome na lista de deputados suspeitos, mas apenas versões truncadas e mal-esclarecidas de pessoas sem credibilidade moral e ética. O que me causa prejuízos irreparáveis á minha honra e imagem pública. Não tenho nenhuma relação com a empresa PLANAM ou suas associadas, tampouco com seus sócios, diretores e funcionários. Jamais recebi, a qualquer título, qualquer repasse financeiro da referida empresa e seus sócios, ou de sua ordem. Isso inclui doações de campanha”, defende-se Celcita, que é esposa do senador Jonas Pinheiro.

O deputado Wellington Fagundes informou que, em sua defesa no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, apresentará documentos comprovados, certidões do Ministério da Saúde e certidão da Comissão Mista de Orçamento de que não há emendas apresentadas por ele executadas pelas empresas envolvidas do grupo Planan, empresa que comandava o esquema de fraude na compra de ambulâncias.
O parlamentar disse ainda que contra ele pesa “apenas e tão somente” o depoimento de Luiz Antônio Vedoin, dono da Planam, empresa que comandava o esquema de fraudes. “O seu pai, o senhor Darci Vedoin, que é o proprietário principal da empresa, em seu depoimento, deixa muito claro que nunca teve negociação com o deputado Wellington Fagundes”, afirmou.

Ricarte de Freitas Junior disse que vai se defender no Conselho de Ética que é inocente. Pedro Henry disse, a um jornal em Cuiabá, que também tem como provar que é inocente. Lino Rossi ainda não semanifestou sobre o pedido de cassação de seus mandatos. O relatório pedindo a cassação dos 72 parlamentares foi aprovado pela CPMI Sanguessuga e segue para o Conselho de Ética.

(Atualizada em 11/08/06, às 09:42hs)

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CPI pede cassação de Ricarte, Lino, Celcita, Henry, Welington e Serys

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